03

1.2K 61 0
                                    

Depois da reunião eu e Maite fomos almoçar em um restaurante perto da agência e pedimos o de sempre: picanha, salada, fritas e coca cola. Saudável, não? Depois é só me acabar na academia e está tudo resolvido.

— Pode começar. — Maite falou depois de tomar quase meio copo de coca em um gole só.

— Começar o quê? — fiz de desentendida.

— Fala, o que o houve entre você e o Poncho?

Que diabos essa menina tem? Como ela sabe das coisas assim gente?

— Não me olha com essa cara, Any! — ela deu de ombros. — Conheço vocês dois há bastante tempo pra saber que vocês não se suportam como cão e gato, mas se completam como tequila e limão.

— Onde é que você está arrumando essas frases de efeito? — revirei os olhos.

— Não muda de assunto. Conta logo!

— Ah, tá bom! — falei derrotada. — Sei lá, Mai… Não sei o que tá acontecendo comigo ultimamente… — suspirei. — É que eu tô me sentindo meio sensível, carente, sei lá…

— Você tá enrolando! — disse Maite impaciente.

— A verdade é que eu estou chatiadíssima com o Poncho porque ele foi embora de madrugada e não me deu satisfação alguma, me encontrou hoje e agiu como se nada tivesse acontecido! — pronto falei!

— Ah meu Deus! — Maite me olhou chocada.

— O que foi? — procurei algo de anormal pelo restaurante, mas não achei.

— Você! Anahí-Giovanna-Puente-Portilla, a garota que no primeiro período da faculdade pegou todos os veteranos e no segundo período saiu com todos os formandos. Depois de todos esses anos você está apaixonada? — Maite vibrou com a ideia.

— Não estou apaixonada!

— Não?

— Não! — respondi firme. — O Poncho é só um peguete bonito com olhos verdes hipnotizantes, um corpo malhado (que meu Deus!), uma boca macia e doce e uma barba bem aparada que me fazia arrepiar toda vez que roçava em minha pele. — falei absorta. — Só isso!

Antes de ver o SolOnde histórias criam vida. Descubra agora