07

1.2K 57 0
                                    

Poncho pegou a rodovia e estamos andando já faz quase uma hora. Pra onde? Eu não sei! Estou começando a me arrepender de ter vindo. Não posso negar que o tal Camaro conversível é muito confortável e a sensação do vento batendo no rosto é muito boa.

Continuamos na rodovia por mais meia hora até Poncho virar a direita numa estrada, seguimos por ela por mais quinze minutos até Poncho parar em frente a uma cabana. Ok! Acho que aqui definitivamente não é um lugar perfeito pra gravar um comercial de roupas.

— Chegamos! — Poncho saiu do carro e eu o segui.

Ele me pegou pela mão e me levou pra a varanda da cabana, tirou umas chaves do bolso e abriu a porta.

— Esse é o lugar que você achou? — perguntei com desdem.

A cabana não era feia, a decoração era bonita e os móveis meio vintage, mas esse não era o local adequado para o comercial. O que será que aconteceu com o Poncho? Ele não costuma errar nas escolhas. Ele é um produtor e um fotógrafo bem exigente.

— Na verdade ainda não achei nenhum lugar. — ele abriu um sorrio sacana.

— O quê? — fiquei boquiaberta. — Poncho, porque você me trouxe pro meio do nada?

— Um passarinho me contou que você estava chateada comigo! — ele não desfez o sorriso. — Só quero me desculpar!

Maite linguaruda, vou te matar quando voltar pra civilização.

— Então você acha que me trazendo aqui no meio da mata e me pedindo desculpas vai mudar alguma coisa? — o fitei com indignação.

— Não te trouxe aqui pra pedir desculpas. — ele se aproximou. — Tenho outra coisa em mente.

Num piscar de olhos os braços dele já estavam em volta da minha cintura aninhando meu corpo ao dele. Seus lábios alcançaram os meus com uma leve pressão, sua língua pediu espaço e eu cedi. Senti correntes elétricas viajarem pelo meu corpo e o pudor estava se esvaindo aos poucos... Aí lembrei da minha promessa.

— Não quero ficar com você Poncho! — me afastei dele e fitei o carpete.

— Então só me escuta! — ele segurou o meu rosto e guiou minha cabeça para olhá-lo. — Faz um tempo que quero te falar isso, mas não tinha coragem e tinha medo da sua reação.

O rosto dele ficou ruborizado e a essa altura o meu já deve estar mais vermelho que minha regata.

— A verdade é que não quero só ficar com você, Any. — ele segurou meu rosto e me fez olhar em seus olhos. — Eu quero dormir com você, quero acordar com você, quero que você seja minha. — ele respirou fundo. — Todos esses anos vivendo essa amizade-colorida me fez ver que você é a mulher que eu sempre quis. Não consigo mais esconder, eu te amo e quero que você seja minha namorada… minha mulher.

Minhas pernas vacilaram. Não acredito que ele acabou de falar essas coisas. Meu Deus! As lágrimas encheram os meus olhos e minha vontade era me jogar em cima dele, mas minhas pernas não me respondiam.

Ele se aproximou e me beijou novamente. Era um beijo doce, calmo e cheio de paixão. Nunca pensei que despertava sentimentos assim nele. Minhas mãos ganharam vida, enquanto uma acariciava a nuca dele a outra brincava com os cachos sedoso de seu cabelo.

Ele apertou mais os braços em minha volta e agora sim o pudor se fora completamente. Ele me ergueu e minhas pernas abraçaram sua cintura. Ele me carregou em seu colo, sem parar os beijos, até chegarmos ao quarto. Poncho me colocou delicadamente sobre a cama, os beijos se intensificaram e quando percebi já estava abrindo o último botão da camisa dele. Ele tirou minha regata e logo em seguida triou minhas botas e minha calça. Segundos depois estávamos completamente nus e eu completamente feliz por tê-lo novamente…

Antes de ver o SolOnde histórias criam vida. Descubra agora