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No sábado de manhã acordei meio grogue com alguém batendo incansavelmente na minha porta. Será que não se pode mais ter um sono agradável?

— Já vai! — gritei.

Pelo visto essa pessoa não tinha um pingo de educação, né! Vesti o meu roupão e fui ver quem era.

— Oi! — disse uma voz rouca que eu reconheço à quilômetros de distância.

E lá estava ele. Nada mais, nada menos que Alfonso Herrera, o causador da minha insônia e dos meus suspiros, vestido em calças jeans escuras e camisa preta marcando os bíceps, o abdômen e o peitoral definido sustentando sua postura displicente.

— Poncho? — perguntei incrédula.

— Tava dormindo? — ele abriu um sorriso irônico.

— Que nada! Tava ensaiando pra Bela adormecida. Aliás, a peça entra em cartaz na semana que vem! — revirei o olhos com desdem.

— Ha-ha-ha engraçada! — ele apertou minhas bochechas. — Vá se arrumar, estou te esperando lá em baixo.

— Onde vamos?

— Surpresa! — ele cruzou os braços e me fitou.

— Já lhe ocorreu que eu não queira sair por aí com você sem saber onde estou indo? — coloquei as mãos na cintura e arqueei uma sobrancelha.

— Eu sei que você quer! — ele sorriu.

— Exibido! — franzi o cenho.

— Chata! E anda logo. — ele deu de ombros e saiu.

Voltei ao meu quarto ainda meu grogue e encarei a cama desarrumada. Me joguei em cima dela e decidi que não sairia dali nem por um decreto. Que o Poncho se canse me esperando lá fora, não sou obrigada a abandonar meu precioso soninho. Arrastei o edredom pra cima de mim e fechei os olhos. Adiós mundo!

Antes de ver o SolOnde histórias criam vida. Descubra agora