XXXIII - Nosso filho

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POV Sina Deinert

Abrir meu coração sobre isso com Noah me fez mais bem do que eu imaginava. Existem muitas coisas que me deixam com medo, mas com certeza essa é uma das coisas que mais me assustavam.

Esse foi o motivo por eu ser completamente contra uma gravidez que viesse de mim, o tempo só me fez ser mais rígida em relação a isso, pelo que parece, mas é muito difícil você já estar apegada a algo e aquilo ser tirado de você, arrancado, sem mais nem menos, principalmente sendo alguém que mesmo tão pequeno já era tão especial.

Eu evitaria sentir isso para sempre e escolher nunca ter filhos foi uma das coisas que com certeza iria me manter longe disso.

Eu só não previa que uma loucura dessa ia acontecer na minha vida, não acredito em destino e essas coisas, eu só fui muito azarada, ou muito sortuda, dependendo do ponto de vista.

Eu acordei do nada e ... BOOM.... estava grávida de 6 meses, do cara que era o amor da minha vida, eu não sabia explicar, mas também não tinha como não me apegar ao bebê.

Saber que quase perdi ele, só me fazia pensar que talvez tivesse ficado tão destruída, triste e despedaçada que isso causou minha perca de memória, nem quero pensar como deve ter sido, porque o que importa é que estamos bem agora.

E era nisso que eu ia focar, eu já estava grávida, eu já tinha passado por coisas bem difíceis com o serzinho e nós já estávamos tão perto, agora que ele já estava aqui, que eu já podia sentir ele, eu não sentia medo, eu só conseguia sentir.... amor. A cada chute, a cada movimento seu dentro de mim, eu só conseguia pensar nesse bebê e no quanto ele tinha se tornado tão importante em tão pouco tempo.

Não conseguia imaginar mais minha vida sem ele e era só uma semana, que loucura, e apesar disso, a parte em que eu realmente seria mãe desse bebê ainda me assustava.

Era uma vida completamente dependendo da minha, e da de Noah também, mas isso tudo parecia uma grande besteira quando eu imagina ele, seu rostinho, o fato de poder segura-ló em meus braços, sentir seu cheirinho de neném, isso tudo acabava com qualquer dúvida que eu pudesse ter.

Eu ia ter esse bebê, eu queria ele, eu ia ser a mãe dele e ia dar tudo certo, Noah ia me ajudar e nós íamos conseguir. Nunca havia me sentido mais decidida em relação a algo.

Olhei para ele que aguardava um posicionamento meu, e eu finalmente, disse algo.

- Eu sou cheia de defeitos, e nem de longe vou ser a mãe que esse bebê merece. De verdade, não sei como agir, não sei cuidar deles e sou um completo desastre! - dei uma pausa e ele ia dizer algo, mas eu continuei. - E não importa o que você diga, não vou mesmo, mas essa é a mãe que ele vai ter. Porque você tem razão Noah, posso não me lembrar, mas já passei por coisas bem difíceis mantendo essa gravidez, e apesar de tudo eu já amo esse bebê, e acho que o amei desde o primeiro momento, por isso aguentei até aqui, eu sempre tive medo de tudo isso, e ainda tenho, mas nós já estamos aqui, já está acontecendo, nós vamos ter um filho, nosso filho!- disse nervosa e com um meio sorriso.

Noah demorou mais ou menos um minuto inteiro para processar o que eu havia dito, mas quando ele finalmente processou, abriu um sorriso e veio me abraçar, ele estava eufórico, fez nós nos levantarmos no abraço em meio ao restaurante e só não me apertou mais por causa da barriga.

Mas surpresa mesmo eu fiquei quando ele começou a gritar no meio do restaurante.

- ELA VAI SER A MÃE DO MEU FILHO! ELA É A MÃE DO MEU FILHO! - o sorriso não saia do seu rosto, seus olhos brilhavam.

Arregalei meus olhos e disse para ele calar a boca, o restaurante inteiro olhava para nós agora, afinal, tinha um loco gritando no meio do estabelecimento.

E enquanto olhava em meus olhos, falou a frase que eu enchia meu peito de alegria e aquecia meu coração.

- Nosso filho! - continuamos nos encarando até ele sorrir largo novamente e voltar a gritar para o restaurante inteiro ouvir.

Levei minhas mãos até seu peito e comecei a bater de leve nele para fazê-lo parar de gritar, mas ele segurou meus pulsos parando meus tapinhas, no máximo, irritantes.

- tá com vergonha de mim sininho?! - perguntou debochado, mas sem gritar, graças a Deus.

- Você é louco Noah! - disse e sacudi meus braços me soltando.

- Você me deixa assim - falou e de repente um clima estranho se instalou entre nós.

Ele me olhava nos olhos com um sorriso no rosto, ele estava muito feliz, e foi impossível  não sorrir com ele, era contagiante. Mas também não pude conter o rubor em minhas bochechas por sua última frase, ele me confundia com esses coisas.

Será que ele tinha noção de como eu me sentia em relação a ele.

- que besteira Noah - falei e desviei o rosto olhando para qualquer lugar que não para ele.

- mas é de um jeito bom. - ele disse e soltou meus pulsos, em seguida virando meu rosto em sua direção.

Nos olhamos por uns 5 segundos até que nossos lábios se encontrassem, e ao contrário do nosso outro beijo na semana passada.

Esse era um beijo bem mais terno, estávamos com calma, não tinha pressa, ele segurava meu rosto com ambas as mãos e eu segurava sua camisa como se minha vida dependesse disso. Eu podia parecer louca, mas sentia tanta paixão nisso que precisei me agarrar mais a Noah para ter certeza que era real. Nem conseguia me lembrar da nossa pequena plateia, parecia que o mundo tinha sumido ao nosso redor e foi impossível não suspirar no meio do beijo causando um sorriso nele.

Eu poderia me desmanchar naquele beijo, em seus lábios macios, ele fazia carinho em meu rosto e puxou meu lábio de leve quando nos separamos e continuamos mantendo contato visual.

- Parabéns pelo bebê! - um casal mais velho passou ao nosso lado e nos parabenizou, nos tirando de nossa bolha.

- obrigada! - agradeci ainda completamente envergonhada e sorri para eles.

Voltei meu olhar pra Noah e ele me encarava, mas dessa vez estava sério, ainda mantinha meu rosto entre suas mãos e fazia um carinho leve em minhas bochechas com o polegar, sorri para ele, por aquele momento, meu coração batia acelerado e eu me sentia extasiada, uma boba diante dele.

Ele deu a entender que queria dizer algo várias vezes, mas nada saiu da sua boca, até que ele respirou fundo e falou.

- Eu te amo Sina! - Noah soltou e arregalei meus olhos.

Ele me amava?!


"E sem querer, eu te queria, cada vez mais"


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GOSTARO?!Oh maratona boa né gente?! O que será que vai acontecer depois dessa declaração do noah hein?!quero ver o que vocês acham!espero que tenham gostado, obrigada por esses 5 dias incríveis, até terça!5/5

Just Us - Noart/Sinoah✨Onde histórias criam vida. Descubra agora