Isso é um Adeus ;-;

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10 Anos Depois...

Ponto de vista Babi

Acordo com uma claridade forte em meu rosto, tinha um corpo pequeno colado ao meu e nem preciso abrir os olhos pra saber quem é.

Abro os olhos lentamente e vejo Alice, ela dormia agarrada em mim, por algum motivo ela tinha esse mesmo traço da mãe, que não estava na cama.

Pego meu celular e vejo que são 9h, arrumo os travesseiros em volta na cama pra Alice não cair, sorrio ao ver nossa filha dormindo, cada dia que passa ela parecia mais com Carol. Ela estava perto de completar 4 anos e já tinha uma personalidade linda.

Saio do quarto e escuto uma voz masculina, paro no corredor e vejo Theo, nosso filho de 8 anos, brincando de carrinho, quando me vê, abre um sorriso.

-- Oi mãe... bom dia! -- Ele diz se levantando e corre pra me abraçar.

Adotamos Theo quatro anos depois de nos casarmos, pensamos até em tentar uma criança pequena mas quando fomos ao orfanato e vimos ele, nos identificamos na hora.

Ele era "parecido" comigo, principalmente em atitudes, enquanto Alice era IDÊNTICA a Carol, até a manha quando acorda é igual, impressionante.

-- Bom dia meu amor. -- Pego ele no colo.

Mesmo ele crescendo muito ainda era o menino do orfanato, eu o tratava como um bebê pra mim, mesmo ele não gostando as vezes.

-- A mamãe ta lá embaixo. -- Ele diz e eu concordo com a cabeça. -- Vou ficar com Alice e esperar ela acordar.

Concordo com a cabeça e deixo um beijo suave em sua temporã, coloco ele no chão que sai correndo pro meu quarto.

Desço as escadas lentamemte e sinto um cheiro muito bom, geralmente eu fazia o café, mas ainda assim, Carol cozinhava muito bem, até estranho ela ter acordado antes de mim.

Ela estava distraída fazendo alguma coisa na mesa, de costas pra mim.

Me aproximo lentamemte e discretamente e rodeio os braços em sua cintura, ela se assusta, mas em seguida percebe que sou eu e encosta nossos corpos em busca de contato.

-- Bom dia minha vida. -- Falo e deixo um beijo em seu ombro.

-- Bom dia amor -- Ela diz com um sorrisinho.

Me solto do abraço e a vejo terminar o café, busco em minha memória algum motivo pra ela ter acordado cedo, mas nenhum aparece.

-- Caiu da cama? -- Ela me olha e suspira.

-- Tive um pesadelo péssimo, nem quero lembrar. -- Ela diz e olha pra mesa com um semblante preocupado.

-- Foi só um pesadelo. -- Falo e a abraço de lado, deixo vários beijos em seu pescoço e a sinto arrepiar.

É bom saber que mesmo anos depois eu ainda tenho um grande efeito sobre ela, é tão bom saber que não esfriamos, apenas melhoramos.

Carol vira de frente pra mim e me abraça forte, faço carinho em seus cabelos, tem alguns pesadelos difíceis de aturar, eu constantemente tinha alguns com Carol perdendo a memória e dizendo que não me quer mais.

Nesses dias Carol sempre ficava comigo pra me provar que não tinha jeito, eu e ela estávamos presas uma a outra.

Escuto barulhos de passos, Carol estava abraçada em mim, vejo Theo e Alice, eles pedem silenciosamente permissão pra participar do abraço, concordo.

Carol se assusta com eles abraçando nossas pernas, pego Alice e ela pega Theo no colo, assim como pra mim, pra ela Theo também era um bebê.

E ele era.

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