IV

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Nota: (1) Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling e a Warner Bros. Entertainment Inc. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo, é pura diversão.
(2) Contém relação Homem x Homem, Lemon (sexo explícito entre os personagens) e Mpreg (gravidez masculina), portanto se você não gosta ou se sente incomodado com isso, é simples: Não Leia.
(3) Essa é uma história UA – Universo Alternativo – ou seja, ocorre numa realidade paralela e inexistente na qual TUDO pode acontecer.

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Era a vigésima vez que tentava colocar seu cabelo no lugar. Missão impossível, constatou finalmente, e lançou aquela que prometia ser sua última olhada ao espelho. O reflexo deste oferecia a imagem de um jovem altivo, como apenas um nobre poderia ser, mas com um ar pueril encantador evidenciado pelas bochechas rosadas e pelos expressivos olhos verdes-esmeraldas. O pequeno, porém, modelado corpo, encontrava-se oculto baixo a elegante túnica bege, com bordados em ouro, que ainda contava com uma ajustada calça negra e com as botas de couro da mesma tonalidade por baixo. Um cordão cravejado de esmeraldas rodeava-lhe a cintura e dava sustentação à túnica. E mesmo contemplando esta belíssima imagem, Harry James Potter-Black, o príncipe doncel de Hogwarts, mostrava-se inseguro e apreensivo.

E não, não era pela proximidade do seu casamento, que ele sequer recordava.

Era porque estava prestes a se encontrar com Tom Riddle, o seu conde.

- Meu... – um sorriso bobo, aquele reservado especialmente às pessoas apaixonadas, apareceu nos seus lábios.

Há pouco mais de um mês Harry e Tom se encontravam às escondidas na igrejinha abandonada que fazia a divisa dos sub-reinos de Gryffindor e Revenclaw, na maioria das vezes, Hermione acompanhava o príncipe, mas quando isso não ocorria – como nesta mesma manhã, pois a menina precisara resolver assuntos do palácio junto à aldeia – momentos ardentes e apaixonados os esperavam, e o calor desses momentos falava alto, apesar de nunca acontecer nada além do permitido por Harry, pois Tom o respeitava.

O pobre monarca, por sua vez, precisava fazer uso de toda a sua força de vontade para não se entregar completamente ao conde sedutor que parecia possuir as mãos mais rápidas de todos os reinos. E céus! Estas mãos quase o levavam a loucura, assim como a boca ardente, os olhos penetrantes, o sorriso sedutor... Enfim, aquele homem era o que se poderia chamar de pecado que ascendera à Terra.

- Vai sair para cavalgar de novo?

A curiosa voz de seu James pareceu despertar o menino, que não percebera a entrada do rei-cônjuge no aposento.

- É claro, está fazendo um lindo dia, pa'.

- Sei – estreitou os belos olhos avelãs – Foi o que você me disse ontem.

- Ora, ontem também estava um lindo dia.

- Você anda saindo muito ultimamente.

Com seu ar mais resignado e deprimido, Harry suspirou:

- É o mínimo que posso fazer, aproveitar cada segundo da minha liberdade antes de cair nas garras daquele réptil loiro. Sentir o vento bater no meu rosto enquanto cavalgo pelas redondezas para tentar esquecer que, em breve, serei trancafiado no castelo Malfoy e obrigado a obedecer aos caprichos de alguém que ainda nem saiu debaixo das saias da mãe.

James, inconscientemente, encolheu-se um pouco. Era evidente seu incômodo ao observar o olhar arrasado do filho. Assim, apenas assentiu e lhe desejou uma boa cavalgada antes de sair do quarto.

- Essa foi por pouco... – Harry murmurou, relaxando finalmente a musculatura. Aquele compromisso incabível estava servindo, pelo menos, para afastar as perguntas de seu pa'.

Lágrimas de um Príncipe Onde histórias criam vida. Descubra agora