Capítulo Dois.

120 7 0
                                    

Estava me arrumando para meu "aniversário", aniversário, está aí um palavra que eu não gosto.
Meus aniversários sempre foram motivos para algumas pessoas de fora virem me julgar por uma mulher estar para ser a chefe depois da morte de meu pai, ou quando ele decidir renunciar.

Eu nunca gostei de receber críticas por pessoas que não me conhecem e se acham no direito de me julgar, mas também nunca dei muito ouvidos.

Eu estava já terminando de me arrumar quando ouço alguém batendo em minha porta.

-Entra! - Disse elevando um pouco meu tom de voz para a pessoa ouvir detrás da porta. - Papai? Que surpresa, achei que você iria estar fora essa semana. - Eu realmente estava surpresa, quando você é uma pessoa tão importante quanto meu pai você sempre está ocupado com as coisas, por isso ele não foi tão presente em minha vida, mas sempre foi um bom pai.

-Eu sei, minha filha, mas não perderia o aniversário de quinze anos de minha amada filha, e eu queria conversar com você também. - Ele disse indo em direção à minha cama e se sentando de frente para mim, que estava sentada em minha penteadera. - Eu sei que você está ansiosa para esse seu treinamento, mas peço que seja cuidadosa, porque seu avô treina muito pesado e tenho medo de você não aguentar seu ritmo.

-Não tem problema papai! Você sabe que sempre fui muito ansiosa e já estou um pouco acima de alguns soldados, então não à com o que se preocupar, tudo bem? - Disse indo para perto dele e lhe abraçando sentindo logo em seguida ele me abraçando.

-Tudo bem. Vejo que me preocupei atoa, não é mesmo? - Disse já mais calmo. - Você cresceu bastante, Pandora. Sinto orgulho de você.

Quatro palavras que sempre quis escutar.
Sinto meus olhos úmidos por conta das lágrimas e logo em seguida senti elas escorrendo por minhas bochechas, tentei segurar o choro, mas falhando miseravelmente.

-Obrigada, papai. - Disse com a voz levemente, muito, embargada por não conseguir segurar o choro.

-Bom, vamos descer. - Disse se afastando e se levantando da minha cama. - Creio que sua prima esteja te esperando lá embaixo. - Disse já saindo do meu quarto, quando ele saiu me senti a vontade de deixar as lágrimas saírem bem mais.

Escuto a porta ser aberta e alguém me abraçar, sabia muito bem de quem era aqueles braços. Comecei a chorar mais forte, mas agora por outro motivo.

Vitória começou a me deitar na cama e me abraçar logo depois de se deitar também, ficar naqueles braços me davam uma sensação maravilhosa de proteção, mas ficava mais triste depois de lembrar que nunca poderia ter ela para mim por completo, a máfia não aceitaria e a gente morreria.

-O que houve, meu amor? Eu vi seu pai entrando aqui, então não quis interromper vocês, mas escutei você chorando e acabei entrando. - Dava pra escutar claramente seu tom preocupado comigo, mas ainda não tinha conseguido parar de chorar, mesmo depois de ter diminuído um pouco o fluxo de lágrimas. - Você quer me dizer agora? Se não quiser eu posso esperar.

-Não, está tudo bem. - Tentei a tranquilizar depois de ela me tranquilizar, uma coisa que demorou um tempo. - Ele disse que se orgulhava de mim, então eu não aguentei e acabei chorando, mas está tudo bem.

Tentei me levantar, mas ela não deixou e colocou seu rosto no vão do meu pescoço, então decidir ficar por ali mesmo já que não estaria com ela por um bom tempo, lembrar disso me deixava triste.

-Lá embaixo estava tão entediante sem você, não quero ficar lá embaixo sem você. - Como ela ainda não tinha saído do meu pescoço eu acabei arrepiando por meu pescoço ser uma área sensível do meu corpo e seu hálito quente batendo ali não me ajudava. - Você é bem sensível no pescoço. - Disse se afastando, o que eu dei graças a Deus por isso.

-É, né. - Dei uma risada nervosa. - Então... Vamos descer?

-Claro que sim, estava tão animada pra esse dia, mas agora eu estou bem desanimada.

-Não fique triste por eu ir embora, eu vou voltar logo. - Tentei consolá-la, mas acabei tendo uma ideia melhor. - Vamos ver quem chega lá embaixo primeiro? Quem perder dança em cima de uma mesa.

-Estou ansiosa pra ter ver dançar. - Disse se levantando e chegando na porta. - Tá esperando eu sair na frente pra me alcançar? Vamos logo!

Já tinha me levando e ido a porta.

-No três- Disse. - Um.

-Dois...-Disse nós duas juntas. - Três! - E começamos, que vença o melhor.

Atraída Por Você. (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora