Quando contamos três nós começamos a correr pelos corredores e escadas que tem naquela casa até chegarmos no salão de festas que tem um pouco no meio do grande jardim.
Correndo entre as pessoas e gritando várias desculpas cheguei na mesa de bebidas que estava no final do salão e comecei a gritar de felicidade por ter conseguido chegar primeiro, mas minha alegria se transformou em deboche depois de ver Vitória curvada recuperando seu fôlego e quando notou meu olhar sobre ela, ela sorriu e disse:
-Acho que perdi.
-Você vai ter que dançar. - Disse rindo da cara dela, mas ela não riu junto comigo, mas sim começou a olhar pra trás de mim com uma cara preocupada, então me virei e dei de cara com meus pais me olhando bravos. Essa seria a deixa perfeita pra correr, mas sei que não daria então disse. - E aí? A festa está boa, né!?
-Estava boa até você vir correndo de não sei da onde e deixar as pessoas bravas por serem empurradas. - Disse minha mãe com um tom de raiva.
Lhes apresento Dona Helena, minha mãe. Ela é uma pessoa de gênio difícil e que quer tudo perfeito, mas é uma boa mãe. Ela sempre estar em um dos seus vestidos caros exibindo que tem dinheiro, com joias pesadas com diamantes e sempre com um salto em seus pés, eu não sei como ela aguenta.
-Desculpa, Dona Helena, mas a gente estava apenas nos divertindo já que não vamos nós ver por um bom tempo. - Disse Vitória tentando me livrar de uma bronca, mas pela cara deles eu não vou me livrar tão cedo, então com um olhar pra Vitória ela já entendeu que eu deveria assumir a culpa e sem mais.
-Senhorita Martinez, não tente defender nossa filha. - Disse meu pai tentando ao máximo não soar tão estressado como minha mãe. - Poderia nos dar licença somente por uns minutos para termos uma conversa com Pandora?
-Claro, senhor González. Depois me encontre do lado de fora. - Sussurrou a última parte em meu ouvido esquerdo e se afastou indo embora e me deixando sozinha.
-Vamos sair de perto dessas pessoas antes que dê confusão. - Disse indo na frente em direção à nossa casa. Pelo amor que eu tenho a mim mesma, eu estou ferrada. Puta que pariu, eles nunca me levaram pra fora de algum lugar para me darem bronca, ferrou.
-Antes de qualquer coisa, a culpa foi minha! - Disse quando nos sentamos na mesa de jantar. - Vitória não tem nada a ver com isso, então-- Fui cortada no meio da minha frase pelo meu pai.
-Quem disse que viemos falar sobre isso?
-Não!? - Perguntamos eu e minha mãe ao meu pai. Acho que ele pirou de vez.
-Não, não viemos. - Disse em um tom calmo. - Viemos aqui para te aconselhar e te acalmar antes de ir.
E foi nessa hora que eu parei de escutar. Como assim me acalmar? Eu estou calma. Me aconselhar? Como assim? Não é como se eu fosse morrer nesse treinamento.
-Você me entendeu? - Disse meu pai.
-Sim, eu entendi sim. - Foi melhor do que dizer que eu não estava escutando, de qualquer jeito não deve ser tão grave assim, deve? - Posso voltar agora? - Queria sair dali antes que eles desconfiasse que eu não estava prestando atenção.
-Claro que sim, minha filha, tome cuidado. - Minha mãe disse, então eu me levantei devagar e fui andando até a porta, então já fora do alcance de seus olhos eu corri até a parte da festa caçando por Vitória.
-Vitória! Cadê você? - Gritava do lado de fora até sentir mãos em minha cintura. - Vih eu acho que estou ferrada.
-Como assim? - Disse preocupada por eu nunca usar essas palavras.
-Eu acho que o treinamento não vai ser como eu imaginava.
-Como assim?
Muito obrigada por
lerem até aqui.
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Atraída Por Você. (Romance Lésbico)
RomansaSinopse: Eu cresci em uma família onde todos são, de alguma forma, envolvidos com a máfia. Meus pais são capos da máfia mexicana, então, automaticamente, eu sou a próxima na "linha de sucessão" já que meus pais não tem um filho homem, não que eles s...