Capítulo 35

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Pov Zulema

Na ponta dos pés, Helena e eu andávamos em direção ao seu quarto, na tentativa de fazer o mínimo de barulho possível.

Depois de nossa grande aventura na enorme rua deserta, eu prontamente ofereci-me para deixá-la até em casa, o que foi bom para ambas as partes; já que eu estava querendo falar com a menina, e a mesma encontrava-se curiosa sobre o assunto.

Eu tinha planos. Planos, que se fossem muito bem pensados, poderiam trazer um final feliz para nossa história.

Não fazia a mínima ideia se Helena iria me perdoar ou não, mas sinceramente já estava satisfeita de ter a oportunidade de conversar com a mesma.

Talvez as coisas não voltassem a ser como antes. Talvez esse fosse nosso verdadeiro destino. Talvez tudo que tenhamos vivido não passasse de um grande erro na matrix.

Tudo era um talvez.

Dentro de mim perpetuavam medos que nunca poderiam ser esquecidos e superados. Diferentes tipos de hipóteses brincavam em minha mente. E a pior de todas era pensar que havia machucado minha garota.

Eu me torturava com meus próprios pensamentos.

Após adentrarmos seu quarto, sentei-me em sua cama e Helena rapidamente se sentou em minha frente. A morena estava visivelmente desconcertada, seu olhar alternava entre suas próprias mãos e o chão frio do quarto.

Permiti-me observar seu fino rosto por alguns instantes, e logo seus olhos cor chocolate encararam os meus com curiosidade, o que fez-me questionar o que se passava pela cabeça da menina.

- No que tanto pensa? - perguntei.

~ Nada, eu só estou tentando entender o que te fez mentir, já que você não disse ainda.

- Certo, vamos lá. [...]

[...]

Pov Helena

Eu não podia acreditar. Simplesmente não podia.

Era demais para mim saber que Sérgio havia descoberto tudo e estava chantageando Zulema. Suas palavras tão dolorosas, que vez ou outra apareciam em minha mente, sobre tudo não ter passado de uma grande aventura; não passavam de uma bela atuação.

Com lágrimas nos olhos, Zulema terminou de me contar tudo que vinha acontecendo. Eu estava sem palavras. O sentimento de medo e raiva corriam por minhas veias, e eu estava à ponto de surtar.

Eu queria matar aquele merda. Queria fazê-lo sentir toda a dor que o próprio causava em Zahir. Eu o mataria do jeito mais doloroso, bem lentamente, para que pudesse provar do pior tipo de dor. Filho da puta.

Em meio à um turbilhão de sentimentos, a única coisa que fiz foi envolver Zulema em meus braços. Díos, como eu sentia falta daquilo.

A mulher estava em prantos, eu podia sentir todas as suas angústias apenas olhando no fundo de seus olhos.

Assim como ela, eu também não sabia o que iria acontecer daqui pra frente. Talvez a melhor opção fosse ms afastar da mesma, para que tudo se ajeitasse em seu devido lugar.

Mas eu não aceitaria e nem conseguiria ficar longe da mais velha de novo.

- Zule, e agora? O que vamos fazer?

~ Tem uma coisa que ainda não contei.

[...]

~ Vai rápido, Helena, não temos muito tempo. ~ Zulema me apressava e a cada segundo eu ficava mais nervosa.

- Porra, para de me pressionar.

~ Daqui a pouco ele entra aqui e a gente se fode de vez.

Eu e Zulema estávamos agora dentro da sala de Sérgio. O idiota estava dando uma palestra no auditório do colégio e nós havíamos aproveitado para dar início ao nosso plano.

Do lado de fora da sala, Saray cuidava para que ninguém pudesse chegar ali e nos ver vasculhando as coisas do homem.

Enquanto Zulema revirava pastas com papeladas, eu cuidava de chegar seu computador. Estávamos tentando ser o mais discretas e calmas possível, mas isso era difícil quando à qualquer momento ele poderia chegar ali.

Num momento de distração pude ouvir Zulema soltar uma risada debochada e virei-me rapidamente para a mulher.

- O que foi?

~ Nada. É que você fica extremamente gostosa quando está concentrada.

Ela disse e se aproximou de mim para beijar-me os lábios.

~ Porra, mas que caralho, vocês estão aí mexendo nas coisas do idiota, e ainda param pra fuder? Vão logo hijas de puta, eu não quero perder meu emprego.

Saray disse claramente abismada com o que estava acontecendo, e nós rapidamente voltamos a nos concentrar no que realmente importava.

Depois de mais algum tempo procurando, já me encontrava frustrada com a falta de conteúdo para ferrar o mesmo. Foi quando Zahir jogou uma pasta em minha frente e logo após encarou meu rosto com uma expressão orgulhosa.

Bingo!

Arrumamos as coisas o mais rápido possível, e saímos daquela sala correndo em direção ao auditório, antes que alguém pudesse notar alguma coisa.

~ Encontraram alguma coisa? ~ Saray sussurrava de um jeito que mais parecia que estava gritando.

Não aguentei e ri do modo que Zulema tentava miseravelmente tapar a boca da mulher.

~ Porra, quer um microfone pra poder falar mais alto?

- Eu não sei o que Zulema achou, mas ela achou.

Eu disse e a cigana ao meu lado arqueou as sobrancelhas em direção à ruiva.

~ Zule, você não vai querer chantagear o cara com as provas de que ele assiste pornô gay né?

- O quê? - eu perguntei chocada com a informação.

~ Isso mesmo que você ouviu. Vê se pode, um viado e uma sapatão casados. ~ Saray disse e logo após recebeu um tapa de Zulema.

~ Cale a boca, Saray, ele pode estar apenas curioso. ~ a mais velha disse tentando segurar o riso.

- Do que vocês estão falando?

~ Eu sempre soube que ele gostava de pepino. ~ Vargas disse e foi inevitável não rir.

A palestra finalmente terminou. Eu já não aguentava mais ter que ouvir a voz daquele nojento.

Fui em direção a sala de aula, já que o período ainda não havia acabado, mas me surpreendi quando meu braço foi puxado em direção a uma sala vazia.

~ Me espera naquela rua depois da aula?

Zahir disse e beijou meus lábios apos eu confirmar com a cabeça.

[...]


Eita hehehe, o que será que essas doidas estão tramando? iiiiiiiii.

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