Inevitable Things

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Wei Wuxian realmente odeia ter que limpar óleo e ele pode estar quase animado com uma nova proposta de corrida.
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Wei Ying gemeu de frustração quando puxou o suporte de ferro que mantinha o capô do Opala SS aberto, lhe dando uma melhor visão do motor encardido de óleo e sebo de graxa, fazendo tudo parecer nojento. Bem… a não ser que seu cliente tenha derramado óleo velho e seboso ali claramente aquilo era um vazamento.

 Fazendo careta ele tateou o motor frio, tentando limpar com os dedos onde ele achava que ficava as junções da tampa de válvula mas logo desistiu e puxou o lenço encardido e alaranjado do bolso de trás para limpar as mãos. Ele teria que limpar aquela bagunça para descobrir qual era o problema. 

 Bufando em consternação, ele foi até a pia no canto da oficina e empurrou o balde mediano de plastico para baixo da torneira, jogando uma esponja e uma escova de dentes velha dentro, assim como uma garrafa de detergente concentrado e logo ele se viu levando o balde para perto da sua mesa de trabalho. Seria mais fácil se pudesse remover o motor.

 Felizmente isso não demorou mais do que alguns minutos, já acostumado com coisas pesadas. Wei Wuxian sempre foi alguém alto e esbelto, músculos nos lugares certo e que lhe davam um ar sexy em qualquer roupa que usasse… mas isso só permaneceu depois do coma por conta de uma intensa fisioterapia, onde HuaiSang esteve presente em cada sessão, sendo o único que sabia que ele ainda respirava.

 HuaiSang era um ótimo amigo, ninguém poderia negar isso. Ele nem sabia como começar a retribuir, mesmo que o mesmo sempre dissesse que não era preciso, mas Wei Ying sabia que era mera formalidade, caso fosse preciso o Nie pediria ajuda e ele não ousaria negar.

 No submundo da máfia, o Patriarca Yiling era conhecido, erroneamente por sinal, por ser um assassino a sangue frio, deflorador de jovens, mentiroso, ladrão e ingrato.

 Bem… em sua defesa ele nunca foi frio ao matar alguém, ele não mata inocentes.

 Ele poderia ser bisexual, mas seu coração pertencia a uma pessoa de cada vez e desde muito tempo pertenceu a apenas um único homem.

 Suas mentiras eram meramente para descontrair, mesmo que ele realmente não tivesse pudor de mentir se achasse necessário, diferente de Lan Zhan que prefería ficar calado a mentir, ele admirava isso.

 Ladrão… sinceramente, quando ele precisou roubar algo? Tudo lhe era dado com as palavras certas.

 Ingrato. Trincando o maxilar, Wei Ying começou a limpeza do motor com a mesma delicadeza que sua Shijie lhe ensinou quando ela queria o distrair, afinal ele sempre alguém que ficava entediado fácil, mas ele nunca conseguia se cansar das suas explicações. YanLi sempre foi delicada e amorosa, contrastando fortemente com o fato que ela poderia montar e desmontar um carro como se fosse brincadeira de criança.

 Sua irmã sempre tinha tempo para ensinar a ele e Cheng truques sobre automóveis, onde terminava com ela de roupas quase imaculadas e dois adolescentes de dezessete anos sujos de graxa. Porém todos os três sentados no chão da garagem na mansão Jiang, comendo sopa de costelinhas de porco com raiz de lótus.

 Não era culpa dele… Não era culpa dele que Jiang YanLi estava morta, que sua irmã estava morta, agora ele sabia. Mas isso não quer dizer que ele esqueceu da cena onde ela pulava na sua frente, recebendo a bala que deveria ser para ele.

Antes:

 Sua costela havia sido golpeada quando ele foi chutado, talvez estivesse trincado ou quebrada… Wei Wuxian não sabia dizer, mas mesmo assim ele mantinha os olhos abertos e a expressão endurecida, tentando ao máximo não deixar demonstrar nenhum indício de dor para qualquer um dos desgraçados que o cercaram, armas em punho e miradas nele.

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