Leave in the Past

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"Wei Ying chega a conclusão de que é a namorado troféu de Hanguang-Jun e ele não sabe se gosta disso, ele busca se adaptar a mansão Lan e WangXian finalmente tenta buscar uma estratégia para derrubar Jin GuangYao de seu trono... Infelizmente isso traz a tona alguns pontos desagradáveis."
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Era madrugada quando Wei Ying acordou, seu corpo aninhado em cima das costas de Lan Zhan, que estava dormindo de bruços… uma posição totalmente diferente de como ambos foram dormir horas antes. Com movimentos lentos, e se sentindo um pouco atordoado pelo peso do sono, ele saiu da cama, consequentemente deixando o calor de seu namorado e dos lençóis para trás.

Um erro, já que o quarto estava frio, açoitando seu corpo nu e pegajoso.

Sinceramente… a sensação era desagradavel, diferente das ações que o levaram a ficar assim, suspirando ele olhou por cima do ombro, seu olhar pesado sobre a figura de seu amante dormindo em lençóis cor de creme que apenas cobriam as covinhas acima da bunda. A pele pálida era cinzenta na meia luz que vinha das janelas, mas era o suficiente para um amargor pesar em sua língua com todas os vergões brancos espalhados por toda extensão da costa.

Grandes e pequenas marcas de chicotadas, algumas descendo dos ombros até a cintura estreita… outras as cruzando como intrusas, sendo lembranças hostis da sua incapacidade de proteger sua alma gêmea da punição. Não que seu Lan Zhan o permitisse se culpar por isso, alegando que ele não poderia fazer nada.

Se ele não podia se culpar ele culpava XiChen por não fazer o possível para segurar o chicote. Se ele não podia se culpar ele culpava o velho Qiren por não ter impedido as mãos dos anciãos da máfia Lan, mesmo que agora estivessem mortos… até onde ele sabe o temível Hanguang-Jun teve sua vingança.

Oh céus, aqueles velhos têm tanta sorte de que estavam mortos, porque toda vez que via as cicatrizes marcando seu amor ele queria… caramba, ele queria os matar mais uma vez, espancados com o chicote de disciplina até não haver mais pele e apenas carne crua.

Sem misericórdia. Todos morrendo pela dor.

Engolindo seus desejos sombrios ele desviou o olhar, um banho seria bom… mesmo no frio de congelar as bolas que era Gusu. Os deuses abençoe a pessoa que acordou pela manhã e achou que era uma boa ideia criar um chuveiro elétrico.

O primeiro contato com a água morna o fez fechar os olhos, seus músculos deliciosamente doloridos recebendo algum alívio com isso. Lan Zhan fez um trabalho com ele. Um bom. Olhando para baixo enquanto a espuma perfumada escorria por seu corpo ele poderia catalogar algumas sem precisar ir para a frente de um espelho.

Céus, ninguém acreditaria se ele falasse que Hanguang-Jun era brutal às vezes, marcas de dedos e dentes em suas coxas… quadris... pulsos.

—Ah Lan Zhan. — Choramingou para si mesmo, sentindo uma das mordidas doloridas. — Você tem sorte de eu não me importar em exibir suas marcas. — Ele não pode dizer que não gostava, na verdade… ele amava isso e precisava disso. Precisava de um toque mais duro para esquecer qualquer problema, precisava que alguém o fizesse se cansar até desmaiar de prazer e sonhar com o nada. No ano em que passou sozinho em Nova York, as corridas e o excesso de adrenalina tomaram o lugar de Lan Zhan… mas agora que ele tinha seu amor novamente ele se sentia… insaciável.

Faziam dias desde a última vez desde que que sonhou com qualquer coisa, se sonhava ele não lembrava... Ou simplesmente acordava do jeito havia feito minutos atrás, sem sono, inquieto, como uma coceira sob a pele que não parecia querer sumir.

Wei Ying desejava uma bebida no momento, uma distração, qualquer coisa.

Ele se sentia tentado em acordar Lan Zhan, mas o mais velho, ao contrário do que tentava não deixar transparecer, estava tão cansado do jet lag quanto ele. Desligando o registro ele saiu do box de vidro para pegar uma toalha no armário do banheiro.

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