PULSE || satzu ||

27° capítulo

PULSE 

Se houvesse uma forma efetiva de saber o verdadeiro eu de alguém que se esconde. Seria simplesmente prejudicar seu sentido de contemplação e raciocínio. Um método de intoxicação.

— Haha, o que? O Lucas? Ele não seria melhor do que qualquer um dos bandidos da rua. — disse a mulher enquanto tomava mais um gole de sua bebida — Se ele não tivesse o prestígio do pai, como uma rede de segurança. Ele apenas passa o tempo com galinhas modificando seus carros, desperdiçando a vida. 

— Eu não sou otária e sei como o cérebro funciona. — disse Tzuyu ajeitando o cabelo — Carros? Será que ele tem a própria garagem para guardá-los ou qualquer outra coisa?

— Yeeeeeeeeeep, ele tem um umas duas horas ao norte. — "só bêbada mesmo pra falar as coisas." Pensou Tzuyu — Eu estive lá antes também, ele me levou lá. — Terminou de virar a bebida que tinha em seu copo.

— Você não está preocupada por estar aqui comigo agora está? 

— Oh, eu não sou tão muda, como as outras meninas com quem ele está. Contando que eu saiba o que ele está fazendo e onde vai passar parte do dia, eu estou bem. Além disso você é uma mulher, então tudo bem. — Tzuyu sorriu e encheu o copo da mulher de novo com vodka. 

— Hm, desculpas válidas, eu suponho.

— Sabe. — Bebeu o líquido em seu copo. — Eu nunca estive com uma mulher antes, sempre me perguntei como isso seria. — falou enquanto se aproximava de Chou. — Que tal pararmos de conversar e começarmos a diversão? — Tzuyu sorriu e se levantou do sofá, olhou para a mulher que havia caído de cara no estofado. 

— Que simples, obrigada pela noite.  

Tzuyu saiu do hotel, subiu em sua moto e ligou para Chaeyoung.

— Chae, ele tem sua própria pequena garagem fora da cidade. É uma viagem de duas horas para o norte, esse carro ainda pode estar lá em algum lugar.

— Eu sei disso, estou prestes a levar uma equipe pra lá agora. Mas por favor Tzu por mim... Vá para casa e deixe isso com a polícia. 

— Hm, e eu que pensei que você ia me passar alguma informação em seu atual paradeiro. 

— Vamos lá, isso não vale a pena. Não sabemos do que ele é capaz.

— Me deixe saber que você encontrou o carro. — desligou a ligação.

— O que?! Pera! Não desligue na minha cara vadi- … Porra! O que há com essa burra teimosa!? Alguém vai atrás dela?! Alguém, qualquer um!? Tzuyu você me paga! 

[...]

O bar estava lotado, a música alta invadia os ouvidos de Tzuyu a fazendo ter dor de cabeça. O que ela fazia ali? Acho que vocês já sabem a resposta. Apenas vigiando uma pessoa, um homem pra falar a verdade. 

Tzuyu pegou sua bebida e saiu pela porta dos fundos indo em direção a sua moto, Lucas logo levantou do sofá e a seguiu, sabia que a doutora estava olhando para ele. 

— Ei, olá linda! — Tzuyu olhou para o homem atrás de si e deu um pequeno sorriso. — Eu vi você fazer esse olhar lá atrás, o que há de errado? Está se sentindo só? Quem saiba eu possa te fazer companhia. — Disse sorrindo enquanto olhava para os seios de Tzuyu. 

— Hm, você se acha muito mesmo, não é? Você acha que cada menina vai se jogar assim em você. Pense nisso, eu poderia ter caçado a sua pequena amiga sabe? 

— Uh?! Ah, agora eu entendi, então você é lésbica. Mulheres como você são um desperdício de um bom corpo, eu não posso suportá-la. Eu deveria lhe ensinar uma lição qualquer dia. 

— Assim como você fez com a Yuqi? 

— Não me diga que ela era sua antiga namorada. Haha então você é uma conhecida. Bah, de qualquer modo, ela era a única pessoa pedindo por isso, Yuqi não deveria ter me deixado antes que eu tivesse a chance de deixá-la como o lixo que ela é! 

— Então ela teve a coragem de dizer na minha cara que eu não poderia mesmo iguala-la as mulheres com quem estive… puta maldita. Mas não se preocupe com nada disso, eu dei a ela uma longa e dura lição sobre o tipo de amor que ela merece de mim, antes de enviá-la para o inferno. Quero dizer…. Lhe dei um sabor que jamais vai esquecer. 

A raiva e o nojo que Tzuyu estava sentindo era bem visível em seus olhos, fechou seus punhos na intenção de conter um pouco a sua raiva, como esse cara poderia falar uma coisa dessas com tanta serenidade com um sorriso podre nos lábios. Tzuyu não disse nada desde que ele começou a falar, ficou imaginando várias formas de punir esse cara. O que aconteceu com Yuqi deveria ser devolvido, só que de uma forma bem pior e dolorosa para ele. 

— Você parece interessada em tentar um pouco. Se não, você não teria feito esse caminho todo até aqui só para ver a minha cara. Quem saiba depois que nós fizermos um pouco você deixa de ser lésbica. Então me deixe fazer uma pequena demonstração. — Lucas levou a mão até o bolso traseiro de sua calça e retirou de lá um taser, o mesmo que fez um barulho alto de choque o que fez Tzuyu dar um passo para trás. 

— Isto! É assim que se faz amor!