31° capítulo

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PULSE

"Honestamente é refrescante, poder rolar na cama e vê-la do meu lado. Tem menos espaço para mim, mas não é desconfortável ou desagradável, porque não vou mais dormir sozinha.

Tzuyu"

Sana havia acabado de acordar, e ficou feliz ao ver sua doutora dormindo serenamente ao seu lado. Com muito cuidado ela foi se levantando na cama torcendo para Tzuyu não acordasse.

Depois de sair da cama, Sana foi até ao banheiro para tomar banho e escovar os dentes para logo depois ir preparar o café da manhã das duas.

Já com o café pronto, Tzuyu acordou e foi fazer o mesmo que Sana. Depois de pronta Chou foi até a cozinha vendo a mais velha distraída com algo, ela foi se aproximando devagar para dar um susto na garota. Chegando próximo o suficiente Tzuyu deu um grito o que fez Sana se assustar e bater com a frigideira na testa de Chou.

— Tzuyu! Tá maluca?! Quer me matar do coração criatura? — disse Sana esperando o coração desacelerar.

— Você que quer me matar com essa frigideira! Ótimo! Agora vou ter um galo na testa!

— Melhor um galo do que um chifre! — disse Sana irritada.

— Me desculpa. — Chou foi até a garota e a abraçou por trás. — Meu corpo inteiro está doendo principalmente minha testa. Você pode fazer uma massagem em mim? — perguntou Tzuyu apoiando seu queixo no ombro de Sana.

— Certo, darei um jeito nisso depois de tomarmos café da manhã. — beijou a bochecha de Tzuyu e foi botar os potinhos na mesa.

— Hmmm, sucrilhos com iogurte? Como você sabia que é minha comida favorita?

— Deve ser porque você só tem isso no seu armário e geladeira?

— É... Tenho que fazer as compras, mas vem cá. — puxou Sana e a abraçou pela cintura com um sorriso. — Você sabe que eu gosto de coisas doces né? Então por que você não me dá o doce que me deu ontem a noite? — Tzuyu sorriu ao ver que Sana havia ficado corada.

— Ya! Sua tarada! Me solta! — Sana disse rindo enquanto tentava se soltar da garota.

— Ah vamos lá! Pelo menos um beijo de bom dia eu posso ganhar? — Chou perguntou aproximando seu rosto lentamente para perto da garota.

Sana sorriu e puxou Tzuyu para um beijo, as mãos de Chou apertavam com cuidado a cintura de Sana enquanto as mãos da menina brincavam com os cabelinhos de sua nuca, ficaram juntas o máximo que puderam antes da falta de ar se fazer presente.

Tzuyu sorriu e soltou a garota que foi pegar o iogurte na geladeira, enquanto a outra só se jogou no sofá procurando alguma coisa para ver na televisão.

— Você não vai trabalhar hoje?

— Estou de licença pessoal, ainda preciso cuidar de umas coisas. Pra falar a verdade estou esperando alguém.

— Quem?

— Você vai ver, a qualquer momento ela bate ali na porta, mas vamos apenas comer por agora.

As duas se sentaram na mesa e começaram uma conversa descontraída enquanto comiam, Tzuyu de vez em quando olhava para a televisão esperando alguma notícia interessante, mas nada. Assim que terminaram de comer a campainha tocou.

— Eu atendo. — Sana ia se levantar mas foi impedida por Tzuyu.

— Não precisa, eu atendo.

Chou se levantou da mesa e foi até a porta a abrindo, se deparando com Chaeyoung acompanhada de mais dois polícias, a expressão em seu rosto era séria, qualquer pessoa que não a conhecesse teria medo dela.

— Senhorita Son! Quanto tempo! — Sana disse animada atrás de Tzuyu. Chaeyoung fechou os olhos e respirou fundo antes de falar, ou melhor... gritar.

— Doutora Chou Tzuyu! Eu, Son Chaeyoung. Estou lhe dando voz de prisão! Sob suspeita de assalto e agressão criminosa!

— Você deve permanecer em silêncio. Tudo o que você disser poderá ser usado contra você no tribunal. — Chaeyoung retirou um par de algemas do bolso e virou Tzuyu de costas a algemando.

— Tzu espera! O que está acontecendo? Você chega aqui toda machucada e agora está sendo presa?! — Sana estava claramente confusa e preocupada, não queria que sua doutora fosse levada presa.

— É uma longa história, prometo te contar quando eu voltar. Não se preocupe docinho tudo vai ficar bem. — Se aproximou da garota e depositou um selar em sua testa. — Espere por mim Sannie.

Os dois guardas atrás de Chaeyoung tomaram a frente e levaram Tzuyu para dentro da viatura.

— Sana, não se preocupe eu cuidarei de tudo. — Chaeyoung disse antes de seguir a caminho dos outros policiais.

— Estou encarregada de levar a suspeita para a delegacia agora. Vocês dois peguem outro carro.

— Sim senhora! — os dois disseram em uníssio.

Chaeyoung entrou na viatura e suspirou pesado.

— Onde você estava com a cabeça Tzuyu? Sabe a encrenca que se meteu? Você já me enganou antes mas dessa vez foi demais! — disse alterando a voz. - É um crime e você pode perder sua licença por causa disso! Você quase o matou Tzuyu.

— Ei... Ele que começou.

— Você deve consertar as pessoas e não quebrá-las, você realmente arriscou seu pescoço por causa de homem? ... Olha, você está com raiva. Eu sei, mas você se esqueceu das pessoas que se importam com você? Pense nisso, se algo realmente tivesse acontecido com você.

— Ela te ama Tzuyu. Quanto mais vai machucá-la? Você já teve sorte o suficiente de ele ter apenas um taser naquela noite. Eu sinceramente não ia querer dar as más notícias para Sana, como o coração dela reagiria?

— Eu sinto muito.

— Você não tem que pedir desculpas para mim, mas sim para a sua pequena esposa que você mantém escondida no seu apartamento.

— É o que?

— Não vem com essa de "É o que?", eu vi a forma como você olha pra ela. Aí ó, vamos logo que eu tenho que te tirar da prisão.

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