Can not be possible?

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*Passado 1 Mês* 

Tomás POV ON

Estava deitado na minha cama e não conseguia deixar de pensar naquela noite, foi boa a todos os níveis mas tudo tinha acabado mas mesmo assim a minha mente lembrava-se de uma forma brusca de todos os movimentos que os nossos corpos fizeram  naquela noite como se estivessem sicronizados e insinuava "Ela é mesmo gostosa pra caralho" vezes sem conta de uma forma involuntária. Desde aquele dia que ela me disse aquilo nos olhos, eu fiz de tudo para seguir em frente mas quase perdi a minha própria sanidade  ao tentar faze-lo.

 Tenho de tirá-la da cabeça e seguir em frente recomeçar como sempre o fiz mas o problema é que desta vez é muito mais dificil como se estivesse ficado preso num beco sem saido, ela não é uma daquelas que se vende a qualquer um e gosto imenso disso nela.

Tomás POV OFF

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Bea POV ON

Estava no meu quarto sentada sobre a cama de pernas cruzadas olhando a janela vendo as goticulos da água da chuva a cairem de um gesto furioso e calmo ao mesmo tempo pela janela a fora, ironicamente acontecia o mesmo no meu rosto as lágrimas percorriam o meu rosto como aquelas goticulas de chuva percorriam o vidro da janela, talvez estivesse a presenciar o dia mais chuvoso que alguma vez tinha visto, quando era pequena morria de medo quando chovia muito e especialmente quando a chuva embatia na janela com tal força que fazia encolher-me toda de medo na cama e assim ficava até ganhar coragem para ultrapassar o escuro do meu quarto e ir até ao quarto dos pais, lembro-me perfeitamente de me por discretamente no meio deles os dois e estava sempre tão quentinho, mas claro que eles reparavam logo na minha presença e acabava sempre por adormeçer ali , o meu pai dava-me sempre leves festinhas até eu fechar os olhos mas agora nunca mais sentirei o seu toque, o seu carinho, os seus abraços apertados que quase me sufocavam, nunca mais o sentirei fisicamente.

O  funeral do meu pai tinha sido a quase duas semanas atrás, foi talvez um dos dias mais insuportáveis de sempre, toda a gente fazendo discursos lindos sobre ele, o quanto ele era alegre e bondoso, por mais bonito que tudo aquilo fosse não conseguia encarar como algo bom, afinal de contas ele já cá não estava para ouvir tudo aquilo que os seus amigos mais próximos pensam dele, a pior parte foi sobretudo quando se dirigiram a mim e só diziam " Sinto Muito, o teu pai era uma pessoa único " ou " És forte, vais ultrapassar isto ." era só blábláblá e mais blábláblá para mim, era muito fácil dize-lo quando não estavam a passar por aquele inferno.

Ao mesmo tempo que pensava no assunto do meu "falecido pai"  pensava em tudo o resto que tinha acontecido comigo em tao pouco tempo e não conseguia imaginar coisas piores que me pudessem ter acontecido.

Via o Tomás quase todos os dias na escola ou quando nos cruzavamos á entrada do prédio e eram os momentos mais constrangedores de sempre, metia-me um certo nojo, tinha nojo dele e de mim própria, simplesmente não conseguia encará-lo porque sabia que se o fizesse era como me obrigar a relembrar tudo o que passou entre nós e o meu corpo com que se ia acabar por render aos bons momentos esquecendo os pésssimos e poderia cometer o  pior dos erros que era deixar tudo se voltar a repetir, era como se estivesse a viver no meu próprio pesadelo, tudo isto é o meu inferno pessoal.

Hoje não fui á  escola, ultimamente ( desde á duas semanas atrás) tenho-me sentido mal disposta e alguma fraqueza e então a minha mãe disse-me antes de ir trabalhar logo de manhã para não ir ás aulas se não me senti-se melhor porque estou sempre  repetidamente a pedir para ir á casa de banho para vomitar e desmaio nas aulas e já a chamaram nas ultimas semanas umas 4 vezes á escola, dizem que é normal por ter passado recentemente pela morte de um parente muito próximo, têm sido dias horriveis não bastava sentir-me mal psicologicamente como que fisicamente pareçe que estou a morrer aos poucos. Acho que sou dada como uma coitadinha porque perdi o pai  devido a um acidente trágico, do nada pessoas das quais desconheçia a existência apareçeram a oferecerem-me ajuda para o que eu precisasse. A minha mãe achou melhor enfiar-me num psicólogo com medo que fizesse algum disparate e assim anda mais tranquilo pelo facto de pensar que um psicólogo aliviará e fará desaparecer toda a dor da morte do próprio pai.  

Dark AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora