In Search Of My Colors - Avalance

About Living

E aquela era uma manhã como qualquer outra. Um dia como qualquer outro. Todos os dias pareciam iguais. Ele podia até mesmo não ser como os que se passavam, mas o objetivo era o mesmo.

Ava Sharpe, uma mulher de 25 anos, deixou tudo de lado para tentar descobrir o sentido da vida. Ela sempre foi uma mulher extremamente decidida, sempre teve ótimas notas na escola, e estava cursando direito na faculdade. Mas sempre faltava algo. Faltava vida. Vida aquela que não parecia existir para ela, e para mais milhões de pessoas.

A vida é definida pelo dicionário como um conjunto de hábitos. Parece tão simples. Um conceito em preto e branco. Mas passa a ter cores quando nos lembramos que não é só um conjunto de hábitos, mas é também um conjunto de emoções.

As coisas na cabeça de Ava ficavam cada vez mais confusas. De 1930, até hoje, a expectativa de vida cresceu mais de 30 anos, e eles pareciam viver bem mais antes. Eles tinham pouco tempo, e faziam de tudo para aproveitar o máximo, era uma aventura diferente a cada dia, a definição de vida deles, era um conjunto de emoções.

Já a maioria de nós, nascemos, aprendemos a ler, vamos para escola, para conseguir uma boa vaga na faculdade, para conseguir ser bem sucedido na vida, para conseguir um bom emprego, para comprar uma casa, para dar boas condições de vida para nossos filhos, para eles irem para escola, para conseguir uma boa vaga na faculdade, para...

Aquilo, era o conceito em preto e branco da vida. Um conjunto de hábitos. Uma rotina da vida.

Ava havia largado tudo, para achar as cores da sua vida. Mas o que ela havia conseguido, era uma vaga de trabalho em uma cafeteria.

Essa que estava indo embora naquele momento.

- Ava! _ ela escutou Nora gritar com ela. Ela estava em meio ao horário de pico da cafeteria, e estava ali com seus pensamentos longe. É tão estranho que uma parte nossa às vezes esteja num lugar, enquanto as partes mais importantes estejam em outro, um espaço que não pode ser alcançado pelos sentidos. _. A mesa 8 está esperando o pedido Sharpe. _ Nora a interrompeu de seus pensamentos mais uma vez, e Ava apenas pegou a bandeja que estava nas mãos de sua amiga e resolveu focar no que lhe rendia dinheiro.

Ela andava em direção a mesa segurando firme a bandeja, não poderia cometer sempre os mesmos erros de deixar toda comida ir para o chão.

Ponto de Vista Ava

O horário do almoço estava se aproximando, e junto a ele, a sua reunião com seu chefe. O seu chefe não era de toda forma ruim, mas também não era dos mais simpáticos.

- Ei, você está bem? _ ouço a voz de Mona, e ao lado dela, vejo Nora. Eram as minhas melhores amigas, foram elas que me conseguiram o trabalho na cafeteria, e devido a nossa convivência diária, elas me conheciam melhor que ninguém.

- Vocês sabem que eu tenho a reunião com Kane, e vocês já sabem o que provavelmente vai acontecer. _ meu contrato com ele já havia acabado, e eu sabia que com a chegada de uma nova cafeteria ali perto, e com a diminuição de clientes, eles não precisariam de tantos funcionários.

- Você ainda não tem certeza. _ diz Nora mesmo sabendo que até ela já tinha essa certeza. Não que eu fosse uma funcionaria ruim. Afinal eu era mais simpática possível com os clientes, além de estar sempre me esforçando nas minhas tarefas. Mas eu era a funcionaria de menos tempo ali. E todas as outras conheciam aquele lugar bem melhor do que eu. _. Mas caso aconteça, a gente vai continuar ao teu lado, e você vai conseguir um outro emprego Ava. _ eu apenas concordo com a cabeça e volto a focar em meu almoço.

Durante todo nosso tempo de almoço, as meninas fizeram de tudo e mais um pouco para que eu me sentisse melhor. Eu gostava da cafeteria, e eu sabia que eu poderia voltar ali sempre que quisesse, mas eu não conseguiria arrumar um outro emprego fácil.