45_ Quer relaxar comigo, amor?

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Eu e Adam ficamos em frente a igreja conversando das dificuldades que ele ainda tinha em matemática.

Eu podia ver no olhar dele e no tom de voz do mesmo que ele estava mais do que preocupado com essa prova dele.

- Adam? - O interrompi e ele olhou pra mim. - Você ta muito nervoso. Tem que se acalmar. Não vai adiantar nada se matar de estudar, aprender tudo mas dar um treco na hora e não conseguir fazer a prova.

- Acha que eu to me preocupando demais?

- Sim. Olha... você tem que relaxar. Você está indo muito bem nos exercícios que estou te passando. Você vai se sair bem, ta se esforçando. Mas não fica se preocupando assim, pode te fazer mal. Faz o seguinte? Tira o dia hoje pra descansar sua mente. Todo bom estudante tem um dia na semana em que ele exerce seu direito de fazer vários nadas, e isso faz bem.

- Ok. - Adam respirou fundo. - Você ta certa, do jeito que eu to, acho que não conseguiria nem dormir na noite antes da prova. - Ele riu e eu acabei rindo também.

- Relaxa. Vai dar tudo certo. - Sorri pra ele e o mesmo olhou pra mim.

- O que que eu faria sem você, em? - Adam passou seu braço sobre meus ombros e me puxou pra ele. Logo em seguida ele me deu um beijo na testa.

Eu sorri assim que senti o seu toque e olhei pro lado encontrando meus pais e a Beth nos encarando.

- Vamos, filha? Se não o almoço não sai hoje. - Meu pai resmungou num tom debochado e minha mãe lhe deu um tapa no braço.

- Ta. - Assenti. - Até amanhã. - Sorri para Adam.

- Até mais tarde. - Ele piscou pra mim, acenou para meus pais com um sorriso e se afastou de nós indo até seu carro estacionado do outro lado da rua.

O mesmo olhou pra mim antes de entrar no carro e me deu mais um sorriso. Não preciso nem mencionar que eu me derreti completamente, não é mesmo?

Sorri de volta e segui minha família que já estava indo na direção do carro do papai.

Nós entramos no carro e quando meu pai passou em frente a igreja, Mad apareceu na porta. A mesma olhou pra mim com a cara totalmente fechada e entrou na igreja de novo.

[...]

- Todo esse sorvete vai me fazer engordar num nível. - Beth resmungou.

Sim, nós havíamos enchido o saco do papai o caminho inteiro depois da igreja. O que resultou em: dois potes de sorvete de sobremesa do almoço.

Nós já havíamos almoçado. Meu pai foi descansar e minha mãe estava sentada na sala comigo e com a Beth.

- Quando você volta pra faculdade, Bethany? - Minha mãe perguntou.

- Credo, mãe! Ta me expulsando? - Beth perguntou.

- Eu não. Só perguntei, garota. Euem. - Minha mãe respondeu e eu acabei rindo da discussão delas.

- Segunda-feira que vem eu já tenho aula. Devo voltar no sábado ou no domingo pra acertar tudo. - Beth respondeu pegando mais uma colher de sorvete e colocando na boca. - Nossa, isso é muito bom!

- Quando o Adam vem aqui, Carly? - Minha mãe perguntou fazendo meu sumir.

Eu estava com uma colher de sorvete bem a frente da boca, ia come-la, mas não o fiz e olhei para minha mãe.

- É o que? - Perguntei.

- Por que ta me olhando como se eu tivesse feito uma pergunta absurda? - Minha mãe me encarou e a Beth gargalhou.

- Vindo da senhora... isso é muito absurdo. - Respondi.

- Não exagera, Carly. Eu consegui ver hoje o quanto você gosta do Adam. E ele parece ser um ótimo rapaz. Eu já tive sua idade, sei que se eu proibir, não vai fazer diferença alguma. E eu também não faria isso sabendo de seus sentimentos por ele. Então... quando ele vem aqui?

Eu não tive palavras para responder. Tanto eu quanto Beth encaramos mamãe de olhos arregalados, o que a fez rir.

- Mãe, a senhora ta bem? - Beth a questionou.

- Parem com essa cara de idiota. - Minha mãe falou nos fazendo rir. - Eu não falei nada de extraordinário.

- Bem... é estranho. Acho que se eu ouvir o papai dizer isso eu vou crer que entrei num mundo paralelo. - Me ajeitei no sofá e comi a colher de sorvete que eu ainda estava segurando.

- Não fale assim do seu pai. - Minha mãe falou rindo. - Ele só se preocupa. Não quer que garoto nenhum se aproveite de vocês.

Sorri ao ouvi-la e voltei a olhar para a televisão onde passava Eu, a patroa e as crianças.

Estava prestes a comer mais uma colher de sorvete quando a campainha tocou.

Olhei para Beth e a mesma fechou os olhos fingindo dormir, olhei para minha mãe e ela também fechou os olhos e fingiu dormir, tudo para não atenderem a porta.

- Caraca. - Resmunguei rindo e me levantei do sofá. - A porta fica a poucos metros do sofá, sabia? - Perguntei indo até ela e a abri. - Adam?

- Oi, linda. - Adam abriu um sorriso ladino. O mesmo estava parado a minha porta com uma bermuda e uma camisa, bem despojado pra falar a verdade.

- Oi. Er... o que... o que faz aqui? - Perguntei curiosa. Sai parando na varanda a frente dele e fechei a porta.

- Eu vou seguir o seu conselho sobre relaxar hoje. - Ele sorriu cruzando os seus braços. Olhei pra ele confusa. - Mas eu quero que esteja comigo.

- Han?

- Quer ir lá em casa? Eu meio que... preparei uma coisa pra nós dois.

- Sério? - Sorri animada. Só a ideia de passar o resto daquele domingo com ele já levantou meus ânimos. Adam assentiu e eu olhei pra porta de casa. - Eu quero. Só tenho que pedir permissão aos meus pais. Bem... entra aí.

Abri a porta de casa e entrei. Olhei para Adam e ele entrou logo em seguida.

- Mãe? - Chamei pela mesma indo na direção do sofá.

- Pode. Adam, traga minha filha antes das 22h. - Ela falou sem tirar os olhos da televisão.

Encarei a mesma desacreditada e Beth olhou pra mim também chocada com aquilo.

- Sim senhora. - Adam respondeu atrás de mim.

Nós acabamos rindo com aquilo e eu fui até o meu quarto trocar de roupa, depois que me arrumei, sai de casa com Adam.

[...]

- Não liga pra esse povo não, tem umas cinco ou seis pessoas da faculdade Ash aí em casa hoje. - Adam comentou assim que chegamos à sua casa.

- Sério? - Ri assim que ouvi várias risadas vindas lá de dentro.

- Sim, mas acho que eles não vão nos incomodar não. Vem. - Adam pegou na minha mão e me fez dar a volta na casa com ele.

O mesmo me levou até o jardim atrás da sua casa onde eu vi algo que eu realmente não esperava.

Ali tinha uma cama elástica, Adam havia coberto com lençóis em volta, com cobertas dentro e também havia um notebook ligado na Netflix e vários e vários doces.

- Quer relaxar comigo, amor? - Ouvi o mesmo perguntar enquanto tocava minha cintura.

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Continua...

Desejo Número UmOnde histórias criam vida. Descubra agora