- Olha Benedita! A Irmã Fernanda fez-me uma trança.- afirma Lúcia animada.
-Que linda!- elogia-a- Também quero uma.- pede-lhe.
-Eu faço-te. A Irmã ensinou-me.- orgulha-se contente.
Dirigem-se, assim, ao dormitório feminino empolgadas. Chegando lá, aconchegam-se à frente do ilustre espelho, e distraem-se, deste modo, por breves minutos até o som do relógio avisar que a hora do recreio teria acabado.
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Logo depois da angustiante despedida das colegas, o céu começou a escurecer e a trovejar, como se acompanhasse os sentimentos de Benedita.
Ao contrário da amiga, que fora adotada naquela leda e triste manhã, sabia que até ser maior de idade teria de permanecer, sozinha, na instituição católica. Casais adotam crianças de pouca idade, com o intuito, de ser mais fácil e natural a adaptação. Infelizmente, para Benedita já não se encontrava no padrão de acolhimento.
-Tenho medo de ficarmos separadas Lu.- admitiu melancólica para com a amiga.
-Não sejas tonta!- repreendeu-a num tom de brincadeira- Vamos embora daqui juntas...eu prometo.
Recorda-se, agora, da devida promessa... a mesma que não se concretizou.
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Desperta, incerta e alarmada, da recordação que tivera. Olha para o relógio de pulso, que se encontrava na robusta mesinha de cabeceira, e vê que ainda não eram 8 horas.
"Posso ficar mais um pouco aqui ...antes dele me vir buscar"- Pensou lamentavelmente para consigo mesma.
E naquele desfecho de madrugada, ocupou-se de pensamentos entre ele e as recordações passadas no orfanato, com a companhia do som da chuva e da trovoada.
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O PECADO DE BENEDITA
Romance-"Aceitas-me?"- perguntou-lhe, receoso, pela resposta. Naquele silêncio ensurdecedor, Benedita afaga-lhe a face, olhando-o com mágoa e ternura, responde: -"É esse o meu pecado James...". ________________________________ Benedita, pode finalmente dei...