Tanto medo que se tem
Tanto meio
que não atende ninguém
E como você vem?
Vem de pedra ou de vidraça
Daquela que estilhaça
no momento em que a visão embaça
e alguém se torna caça
podendo ser você?
Sabe que vai perder
o lirismo de teus dias,
a mulher que te queria,
tudo aquilo que se sabia
ainda te pertencer
E, quando tudo passar,
você se desmascarar,
o beijo que, em atraso,
não se perdeu do abraço
puder voltar à rua,
a tua face, agora nua
verá o sol com o mesmo sorriso
que outrora um dia
pode ter cruzado comigo
e me visto como um inimigo?
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Filho Feio
PoetryColetânea de poemas sobre diversos assuntos, revelando diferentes momentos da trajetória poética do autor, que também produz textos em prosa.