De volta ao Rio de Janeiro

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Larissa Lopes Machado Point of view.

(Eu adicionei o Lopes no sobrenome da Anitta e mais pra frente vocês vão entender o porquê!)

Rio de Janeiro – 08:34min

Eu já havia esquecido como o Rio podia ser quente.

Acostumada com o frio da Europa, aquele clima para mim agora era estranho, pensei tirando o terninho que usava naquela manhã.
Caminhei entre as pessoas que andavam de um lado para o outro, grudadas aos seus aparelhos celulares ou em conversas entretidas.
Ajeitei meus cabelos, colocando meu RayBan aviador no rosto, enquanto me dirigia até a saída do aeroporto Santos Dumont.

Do lado de fora, vi a Mercedes preta à minha espera.

- Bom Dia, Sra Lopes! – O motorista falou de forma educada.

- Bom Dia, Patrick – Falei entrando no carro.

Entrei no carro que estava com uma ótima temperatura graças ao ar-condicionado milagroso.

- Por Deus! Quando o Rio de Janeiro ficou tão quente? – Resmunguei largando meus pertences sobre o banco.

- Sempre foi senhora, o clima aqui sempre foi quente – ouvi Patrick dizer em meio a um riso baixo. – Desculpe perguntar, mas como está seu pai?

- Tem razão, eu que já estava esquecida daqui – falei calmamente enquanto me acomodava no banco do carro. – Ele está bem, está em São Paulo, com a minha família

- Isso é ótimo, gosto muito do Sr. Machado! Para onde devo levá-la? – Ele perguntou olhando pelo retrovisor.

- Ao meu novo apartamento, Patrick, siga caminho por essa rua, que eu lhe darei as coordenadas.

O homem assentiu, saindo daquele lugar.

Olhando pela janela do carro as ruas do Rio de Janeiro, eu podia recordar dos meus tempos vividos ali, e que belos tempos eu diria.
Conhecia aquela cidade como a palma de minha mão.
Afinal eu nunca fui apenas a Larissa que só pensava em trabalho.
Eu já tinha aproveitado um pouco da vida. Um pouco não, muito.
Meus pensamentos vagaram por lembranças de todas as coisas que aprontei, mas aquilo agora havia ficado no passado.
A Larissa imatura e irresponsável não jazia mais aqui.

- Vire à esquerda no próximo quarteirão – Falei para ele que obedecia minhas coordenadas perfeitamente bem.

Finalmente chegamos ao prédio onde agora eu iria morar.

Paulo rapidamente saiu do carro caminhando em passos largos até a minha porta, onde em um gesto a abriu.

- Obrigada – eu falei com um sorriso.

Patrick era meu motorista desde quando era mais nova e morava com meus pais.

Ele era um rapaz de uns trinta anos muito prestativo por sinal.
Sempre estava disposto a trabalhar, não importa quando fosse.

Caminhei para dentro do saguão do prédio, onde rapidamente os funcionários se colocaram em seus devidos lugares. Era cômico como eles se portavam na minha presença, as pessoas geralmente se acuavam comigo.
Talvez seja o jeito rude e arrogante que eles imaginavam que eu teria, e eu não fazia questão de desmanchar essa imagem.
Hoje para ser respeitada, as pessoas tinham que temer minha presença.

- Bom Dia, Sra. Lopes, nosso funcionário vai levar suas malas ao seu apartamento, é o 2000, o único da cobertura.

Eu nada falei, apenas assenti em um breve aceno e segui para o elevador.

Chegando ao meu apartamento, o rapaz careca entrou logo atrás de mim empilhando todas as malas em meu quarto.

- Mais alguma coisa senhora? – ele perguntou.
- Pode se retirar. – apenas disse.

The Stripper - Ohanitta VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora