Cinco.

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Voltei, voltei!

Era pra eu ter postado esse capítulo ontem, mas teve umas partes que não gostei acabei tendo que ajustar e demorei.

Esse aqui tá longo mas tá necessário para o que vai vir por aí!

Enfim, espero que esse capítulo ajude pelo menos um pouco a todo mundo se recuperar do baque do final de semana - pelo menos nessa fic o Ca*n vai ser corno sim - hahaha :)

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— Fla, você acha que eu mando mensagem pra Bia agradecendo pelo convite? — Serviu mais uma taça de vinho, sua terceira daquela noite.

— Sério que ainda não mandou? — Estranhou. — Pra quem tava querendo chamar atenção da bonitona lá, cê tá lenta demais, Rafaella. — Bebericou mais de sua própria taça.

— Que chamar atenção, o que! — Revirou os olhos. — Da onde cê tirou isso?

Flavina andou até a lareira que havia na frente dos três sofás na enorme sala que estavam e a acendeu.

— Rafa, eu trabalho vinte e quatro horas por dia com você. — A encarou. — Conheço quando cê tá investindo indiretamente em alguém. — Voltou para o sofá que estava e esticou suas pernas numa posição confortável.

Estavam em uma casa alugada por Rafaella no município de Campos do Jordão. A mesma havia resolvido tirar uns dias de descanso no local com seu irmão, sua cunhada e Flavina. Realmente estava funcionando, o frio e o clima de natureza ao seu redor estava proporcionando uma experiência de auto conhecimento importante para a mesma.

— O que é isso aqui agora? — Franziu o cenho notando que a outra ignorava completamente seu atual "relacionamento". — Eu to com o Daniel, esqueceu?

— Infelizmente não esqueci. — Debochou. — Mas também já cansei de falar com você sobre ele, então vamos falar sobre a Bia! — Sorriu vendo a mineira bufar.

— Eu sabia que não devia ter te contado da noite da farofa! — Bebia goles seguidos e em tempos pouco espaçados de seu vinho. — Tem base pro quanto cê é inconveniente, não.

— Rafa, sinceramente. — Arrumou sua postura no sofá para dar seriedade no que falaria. — Você é uma das pessoas mais inteligentes que eu conheço, mas tá sendo extremamente burra nessa história toda.

A mineira apenas a encarou pensativa e sem expressão antes da mesma continuar:

— Eu não sei se é porque isso ainda é muito novo pra você.. — Pausou vendo a mineira suspirar. — Ou se você só não quer se deixar levar pelo que a Bianca causa em você. — Continuou. — Mas eu não entendo, vocês transaram, trocaram indiretas, cê dormiu na casa dela, se beijaram de novo... — Ponderou— E só não aprofundaram essa noite porque ela não quis, sempre bom lembrar!

— Eu sei disso tudo, ok? — As palavras de sua prima caíram como uma bomba em suas auto reflexões, mesmo que a mesma já tivesse noção de tudo aquilo. — Não to entendendo onde cê quer chegar. — Deu de ombros. — Não é como se eu estivesse apaixonada.

— Isso eu não posso te dizer. — Deu de ombros — Eu to querendo chegar no ponto em que você para e reflete sua situação atual. — Deixou sua taça em cima da pequena mesa que havia ali para focar só no que estava explicando.

— E na sua cabeça, qual a minha situação atual, Flavina? — Começava a se incomodar com aquele assunto.

— Cê tá saindo com um cara que não gosta, que te cobra o dia todo e não te faz bem em nenhum aspecto. — Não temeu suas palavras. — Ao mesmo tempo em que só pensa em uma outra única pessoa. — Rafaella a encarou. — E que eu tenho certeza que é recíproco.

Flores (Rabia)Onde histórias criam vida. Descubra agora