Capítulo 9: Eu me sinto bem quando estou nos seus braços

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Shi Qing Xuan ouvia Xie Lian contar a história estupefato. Xie Lian ainda acrescentou que, quando Qi Rong o viu, ele pediu perdão por todo o mal que havia o feito, chorando intensamente também.

"E o que você fez, sua Alteza?"

"O que eu poderia fazer? Ele parecia realmente mudado, então eu o perdoei." Xie Lian suspirou e bebeu um pouco de seu chá, como se lembrasse da cena. "Eu dei um abraço e disse que, contanto que ele permanecesse sendo uma pessoa boa, nós poderíamos recomeçar nossa relação. Ele é o único familiar vivo que eu tenho, afinal de contas."

Shi Qin Xuan assentiu e olhou para suas mãos antes de se pronunciar. "Se ele mudou... então eu acho que ele realmente merece uma segunda chance."

Ouvindo isso, He Xuan, que estava sentado à sua frente olhou para o antigo Mestre do Vento, pensativo sobre o que ele havia dito. E é claro que o olhar de Hua Cheng estava sobre si também.

Uma funcionária da hospedaria e amiga de Qing Xuan veio até a mesa falar com ele, pedindo desculpas por interromper a conversa: "Senhor Feng, nós vamos distribuir as marmitas agora, precisamos de sua ajuda."

O olhar de Qing Xuan se iluminou e ele rapidamente falou com Xie Lian: "Sua Alteza, você quer ajudar também?"

Xie Lian já o ajudou em outras vezes, por isso sabia do que ele estava falando e apenas assentiu, pedindo que Hua Cheng esperasse na mesa junto com Senhor Shui.

Na época em que Qing Xuan era mendigo na capital real, havia cerca de 200 pessoas que faziam parte da população de mendigos da cidade. Com a ajuda de Xie Lian e de Hua Cheng, Qing Xuan e mais trinta de seus amigos abriram a grande hospedaria. Os outros foram levados para as terras da Mestra da Chuva para se tornarem cultivadores.

Apesar da antiga população de mendigos ter sido reduzida a zero, a pobreza e a desigualdade social faziam vítimas todos os dias, por isso, após aqueles dois anos, uma nova população de mendigos surgiu e agora ela já ultrapassava 500 pessoas. Qing Xuan não tinha como abrigar tantas pessoas em sua hospedaria, assim como era extremamente difícil deslocar mais de 500 pessoas para as terras da Mestra da Chuva, sendo que boa parte dessas terras já estavam ocupadas pelos antigos mendigos. Assim, Qing Xuan, na tentativa desesperada de ajudar, fazia o que podia. Uma de suas ações diárias era a distribuição de marmitas na hora do almoço. Ele também proporcionava remédios e banhos periódicos para a população. Ainda assim, era extremamente difícil ajudar a todos.

Shi Qing Xuan e Xie Lian distribuíram marmitas juntos. Logo depois, sua Alteza e Hua Cheng foram embora, deixando Qing Xuan e He Xuan juntos para trás.

... ...

No dia seguinte, Shi Qing Xuan acordou e, antes mesmo de abrir os olhos, pôde sentir aquele calor junto a si e o cheiro característico daquela pessoa. Ele apertou mais o seu braço esquerdo ao redor daquela pessoa, como se quisesse tê-la mais perto de si.

Sentiu a outra pessoa se movimentar e abraçá-lo mais apertadamente, podendo afundar seu rosto no peitoral dele, enquanto ele cheirava seu cabelo.

Desde os dias em que dormiram abraçados na montanha, Qing Xuan e He Xuan, em alguns dias, dormiam juntos abraçados no quarto de He Xuan, o qual possuía uma cama de casal.

Nessa noites, He Xuan propositalmente elevava a temperatura de seu corpo fantasma para que Qing Xuan se sentisse mais confortável ao dormir

Eles não haviam tido nenhum contato íntimo ainda. Outros beijos calorosos haviam acontecido, mas um dos dois sempre parava antes que o contato se aprofundasse.

Brisa de um Mar solitário (beefleaf)Onde histórias criam vida. Descubra agora