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❝Costumavam me dizer que o céu é o limite, agora o céu é o nosso ponto de vista
Cara, nós estamos saindo, tipo: nossa! (oh, Deus)❞

Dois anos e meio antes.
- Jason se você não desligar essa TV infernal e vir me ajudar com a louça, eu juro que vou colocar pimenta no seu café. - apontei pra ele com a bucha de lavar louça.

Jason e eu nos conhecemos no meu trabalho, eu era assistente do diretor de Marketing e Jason estava lá para ver Bruce Wayne - o fucking pai adotivo dele. E eu acabei por entrar correndo no elevador, tropecei e cai nele.

Foi lindo de se ver.

Ele me parecia estranhamente familiar,  e Deus, eu adoro suas piadas sórdidas.

- Por isso que eu sempre compro meu café, bebê. - ele pisca pra mim e pega o pano de prato. - Como está aquele seu amigo herói?

Falei do Capuz Vermelho para Jason e ele vem implicando com isso, diz que eu estou tendo uma paixonite pelo vigilante encapuzado - ou quase já que é um capacete. Mas não tem nada haver com estar a fim ou ter uma paixonite, mas sim com curiosidade, a máscara e toda a aura misteriosa em torno dele só nos faz querer saber quem está por baixo do nome.

- Ele deve estar bem, não esbarrei com ele em nenhuma lixeira depois daquilo. - dou de ombros enxugando as mãos.

- Você está caidinha por ele, não é?

- Por que tanta insistência nesse assunto, Jason? Você está com ciúmes? - alfineto saindo da cozinha - Confesso que ele tem um certo charme. Deve ser a máscara ou o uniforme apertado. Agora entendo porque as minhas amigas torcem para ver ele de relance a noite. Não entendo essa fissura da galera de Gotham com a Batfamília.

- Batfamília? - ele fez careta.

- Eles trabalham com o Batman,  certo? - ele assente - Usam o emblema do Batman no peito, certo?

- Certo mas e daí?

- É o mesmo lance do Superman e da Supergirl.

- Isso é ridículo. - cada um de nos senta numa ponta do sofá, coloco meus pés sobre suas coxas.

- Não, é simbólico, eu gosto do termo.

- Por que? Sn é ridículo. Batfamília? É tipo um crime.

- Pensa comigo pequeno Todd-...

- Eu sou maior que você bebê e posso garantir que pequeno é só o meu sobrenome. - ele diz sorridente. Eu o chuto.

- Pare de dizer essas coisas, Jason. - resmungo retraindo minha timidez. - Enfim, ter uma família de vigilantes tomando conta da cidade.

- Não sabia que você era ligada nessas coisas... - ele segura meu tornozelo, brincando com a meia.

- Alô Todd, estamos em Gotham, até mesmo quem não quer se liga nisso.

- Sei... Mas não está mesmo caida pelo vigilante? - ele insiste.

- Jason eu vou te chutar até você esquecer esse assunto!

Dois anos e oito meses antes.

Estava quase dormindo quando batem na minha janela, novamente eu não deveria ir, mas aquele barulho começou a me incomodar.  Jogo as cobertas pro lado e vou ver quem estava naquela maldita janela.

- Eu deveria quebrar esse vidro na cabeça desse ser humano sem cérebro! - falo alto enquanto abro a janela.

- Calma aí boneca, eu só vim agradecer por me remendar.

𝗔𝗥𝗜𝗔𝗡𝗔 𝗚𝗥𝗔𝗡𝗗𝗘 || 𝚓𝚊𝚜𝚘𝚗 𝚝𝚘𝚍𝚍Onde histórias criam vida. Descubra agora