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❝Nós temos problemas, amor, é verdade
Mas prefiro continuar trabalhando nisso com você
Contanto que você me ame❞

A corrente baixa mais e meu coração perde uma batida, o grito assustado dela acordaria o mais antigo dos mortos de Gotham. Tudo que penso é como tirá-la de lá sem a deixar mais ferida, mas tiros soam e preciso me esconder, não poderei fazer nada se estiver baleado, ou morto na pior das hipóteses, eu não posso morrer e deixar Joker matar a minha garota.

Ninguém vai morrer aqui hoje, além do Coringa.

Troco o pente da arma, as balas de borracha dão lugar às de verdade e engatilho, pronto pra acertar aquele palhaço entre os olhos.

- Posso pegar ela, mas você precisa atirar nas correntes. - Dick fala no comunicador.

- Eu preciso ter certeza de que você vai pegá-la, Dick. Eu não posso perder ela. - falo e trinco os dentes, os tiros ae aproximam mais e eu não tenho chance de defesa.

- Confie em mim little bird. Não vamos perder ninguém hoje. - ele garante.

- Tudo bem, em três... - começo a contar, ouço Dick se preparar, suor frio faz o capacete parecer mais grudento e abafado no meu rosto. - Dois... - me apoio nos joelhos, olhando os capangas do Coringa - Um! - o tiro arrebenta as correntes e ela desaba diretamente no tanque de produto químico, o grito dela me deixa mortificado, o vulto preto rola pelo chão e vejo Dick se esconder com ela detrás de uma máquina. É a minha deixa.

Saio detrás do caixote e começo a atirar nos homens do Coringa, acertando joelhos e coxas deles, procurando aquele desgraçado. Os tiros diminuem mas não deixo de ficar atento, e não demora para que o Coringa apareça, ele me ataca com um maldito pé de cabra.

Hoje não Satã.

Seguro o pé de cabra e atiro na mão dele, o aperto do Joker na ferramenta diminui e eu o acerto com ela. Eu vejo apenas vermelho e a vontade homicida de queimar esse maldito cresce.

- Um golpe não funciona duas vezes no mesmo bastardo. - falo e acerto sua cara com o pé de cabra, vejo o Coringa sacar uma faca e chuto sua mão antes de ser esfaqueado.

Continuo batendo nele, mas ele ri cada vez mais débil, me dando mais raiva.

- Estou levando ela Jay, sai logo daí. - ignoro Dick e continuo batendo até sentir meu braço doer. Ele não levantaria dali nem mesmo se fosse Lázaro, os joelhos quebrados e a coluna desmontada a pancadas.

- Vai pro inferno, desgraçado. - atinjo seu rosto, fazendo ele cair contra algum caixotes.

- Vai-Vai... Morrer de novo... Jason... - ele diz engasgado no próprio sangue e uma explosão próxima me joga longe.

- Caralho Jason eu ouvi a explosão, consegue sair?

Atordoado olho minha situação, as costas doloridas pelo impacto na parede e a cabeça rodando, as explosões aumentam e levanto tonto, correndo para a saida. Ou tentando.

- Red como saio daqui? - pergunto sabendo que Tim está ouvindo tudo.

- Tem uma saída lateral à esquerda, em quinze metros retos. Só correr.

Tomo fôlego e sigo suas instruções, encontrando a porta corta-fogo, por sorte aberta e sou novamente jogado adiante por uma nova explosão. O prédio ameaça desabar, eu realmente tenho que sair daqui ou serei pego nos escombros, mas sou arrastado por Dick até uma van.

- Porra você engordou! - ele me coloca na parte de trás, não tenho muito tempo para responder porque vejo Sn deitada e apertando o ferimento no abdômen. Um pedaço de pano da própria camisa dela servia de atadura para conter o sangramento.

𝗔𝗥𝗜𝗔𝗡𝗔 𝗚𝗥𝗔𝗡𝗗𝗘 || 𝚓𝚊𝚜𝚘𝚗 𝚝𝚘𝚍𝚍Onde histórias criam vida. Descubra agora