O coração de Diana foi parar na garganta quando a água se fechou sobre sua cabeça. Tentou voltar para a superfície, mas era como se algo agarrasse seu tornozelo, impedindo-a de subir.
Ela se debateu, se esquecendo de todas as aulas de natação, o pânico enchendo seus pulmões. Enquanto chutava o que a segurava e reunia forças para dar outro impulso para cima, captou um movimento à esquerda.
Aquilo, a coisa com forma de mulher, parecia deslizar na água na direção dela. Era terrivelmente linda; uma beleza que a fez pensar na morte e no abismo. Os cabelos, enfeitados com rosas negras, se moviam para trás em uma dança hipnótica e os olhos eram negros como um céu obscurecido. Nos lábios, o sorriso de uma serpente traiçoeira.
Quando ela deslizou a mão e roçou os dedos frios em seu rosto, Diana abriu a boca para gritar e engoliu água.
O ar faltou. A consciência ameaçou falhar.
Outro lampejo rápido, outra sombra embaixo da água.
Os olhos de Diana se arregalaram, incrédulos com a familiaridade do segundo rosto disforme nas ondas turvas.
Diego?!
Mãos fortes e quentes envolveram seus braços.
O rosto da mulher macabra e de Diego desapareceram.
Ela tossiu ao ser puxada para cima, expelindo a água dos pulmões.
Seu corpo rolou pela margem do rio, trêmulo e ofegante. Tossia sem parar. Olhou para os lados, pronta para agradecer à pessoa da sua equipe que a resgatara do afogamento.
Mas não havia ninguém ali além dela.
— Diana! — Escutou a voz de Leon ao longe.
Piscou, acostumando-se com a claridade da manhã, a pele arrepiada de frio, as roupas molhadas sorvendo o calor do corpo. Viu Leon, um dos policiais e o perito correndo em sua direção.
— Diana, o que aconteceu?!
— Eu...
O que diabos tinha acontecido?!
Assim que o perito e o policial se afastaram, em busca de algo que pudesse aquecer a delegada, Leon se agachou ao lado dela.
— Você caiu? — Havia uma interrogação na face dele.
— Não. Algo me puxou para dentro do rio. — Ela bateu os dentes, tremendo de frio.
— Algo...?
— Olha, não sei explicar, e agora estou com frio e irritada. Só tente trazer a Tris aqui para ela "ver" o local o mais rápido possível.
Estremeceu ao se lembrar da mulher de beleza sombria.
Diana inclinou a cabeça, encarando as nuvens cheias no céu. Diego. Tinha certeza de que havia visto o rosto dele. Bom, também poderia ser uma ilusão por ter quase perdido a consciência. Faria sentido, afinal, aquela data que tanto odiava estava chegando.
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Rosa Negra | DEGUSTAÇÃO
FantasíaLIVRO EM DEGUSTAÇÃO. DISPONÍVEL COMPLETO E REVISADO NA AMAZON. Ao assumir o novo cargo de delegada do Departamento Policial, Diana Albuquerque já sabia que os desafios seriam grandes. Contudo, além de uma série bizarras de assassinatos que cai em su...