Capítulo 3

4.3K 257 181
                                    

Carlisle POV

Alice demorou poucos segundos a voltar ao normal, suas pupilas estavam dilatadas como se ela estivesse no meio de uma caçada, deixando seus olhos completamente negros. De volta ao âmbar característico, ela me olhava em dúvida, pensando no porquê de suas ações.

- Eu não sei. Era como se ela me atraisse, algo que eu precisava fazer. Como se estivesse com sede dela?! Mas não tinha a ver com sangue. Era mais que isso.

Ouvindo o dito por Alice, comecei a refletir. Tudo agora faz sentido. Conseguir se comunicar com animais, a telesinese, as vezes que ela conseguiu escutar os pensamentos de quem estava ao seu redor e agora essa influência sobre os outros, o magnetismo que puxa todos para ela. Um encanto.

Atravessei o corredor indo ao quarto de Rosalie, batendo na porta e entrando em seguida, sabia que minha filha havia deixado-a lá e ido falar com Alice.

- A reação que você provocou em Alice não é normal.

Isabel POV

O encarei segurando a toalha firmemente, ele se sentou na beirada da cama me olhando. O que será que ele pensava que eu havia feito com a vampira? Eu era só uma humana pra lá de confusa.

- Eu acho que já sei o que você é.

Eu e o olhei matendo a expressão neutra, eu também sabia o que eu era, era humana. Com alguns defeitos de fábrica, mas eu era humana, não era?

- Eu sou humana, não sou? - o olhei enquanto falava baixinho e deixava minha cabeça baixa, eu estava fazendo um grande esforço.

Carlisle se aproximou de mim, sentando-se ao meu lado, e abaixando a cabeça para olhar em meus olhos, me fazendo levantar o olhar e encarar seus bonitos olhos âmbar. Sua face bem alinhada era tão bonita quanto todos os vampiros. Ele cortou a distância, aproximando nossos corpos e me fazendo... desejar um contato maior? Seus olhos estavam completamente negros.

- Fascinante. - ele tocou no meu rosto, parecendo encantado, me olhando com... adoração? Ele logo se afastou de mim, voltando a sentar nos pés da cama. - Eu tenho minha comprovação.

Oh. Meu. Deus. O olhei em expectativa abrindo um sorriso. Cadê? Não vai contar?

-  Você, Isabel, é uma ninfa. Mas elas estão instintas centenas de anos, eu mesmo nunca conheci uma pessoalmente. Só não entendo como você se tornou uma.

O olhei sem entender, será que ele estava certo?

- O que. - minha voz saiu embargada - O que fez você perceber?

- O que aconteceu entre você e minha filha. Aquilo foi o charme agindo. É o fator X, o determinante de uma ninfa, nenhum outro animal sobrenatural tem essa característica tão acentuada.

- Ah.

Aquilo que havia acontecido entre mim e Alice fora algo forçado pelos meus poderes. É, agora fazia sentido, ninguém me olharia daquela forma por sua própria vontade.

Rosalie entrou segurando algumas roupas, lançando um olhar para Carlisle o fazendo acenar para mim e sair.

- Trouxe a muda de roupas. Você pode se trocar no banheiro, vou te esperar aqui.

Me levantei da cama e fui até a porta indicada, coloquei o pijama azul marinho de botões. Meus cabelos estavam ainda molhados e bastante bagunçados.

Sai do banheiro encontrando Rosalie de pé em frente a penteadeira com uma escova em mãos, ela apontou para o banquinho a sua frente, me pedindo para sentar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sai do banheiro encontrando Rosalie de pé em frente a penteadeira com uma escova em mãos, ela apontou para o banquinho a sua frente, me pedindo para sentar. Me forcei a andar até ela, não gostava muito que mexessem em mim, Rennée cortava meu cabelo em casa, sempre até a cintura, ela apenas aparava num corte reto.

- O seu cabelo é muito bonito. Você deve ter bastante trabalho para pentea-los.

- Sim. - sussurrei sabendo que ela ouviria. Eu nunca havia falado tanto com tantas pessoas desconhecidas. Mas eu não tinha ficado tão desconfortável assim junto deles, eles me tratavam bem e era carinhosos e compreensíveis comigo.

Rosalie passava a escova entre meus fios calmamente, como se não tivesse pressa.

- Eu sempre quis ter filhos. - ela comentou passando a mão pela minha cabeça depois de soltar a escova na mesinha a minha frente. - Mas na minha atual condição, nunca pude tê-los.

Narrador POV

Rosalie a olhava com adoração, sabia que a casa estava vazia, todos haviam ido caçar com Alice, estavam apenas Edward entretido com sua humana mas eles se encontravam do outro lado da casa, logo ele não poderia lhe ouvir nem ler seus pensamentos. Ela queria ter alguém para cuidar e aquela menina, com seu aspecto introspectivo que agia e precisava de cuidados como uma criança, havia lhe encantado.

- Você sabe que é uma criança no corpo de uma adolescente, você ficou dentro de casa a sua vida inteira, querida, nunca teve contato com ninguém de fora. - a mais velha estava abaixada olhando para a mais nova, a encarando, tentando persuadi-la a concordar. Tendo êxito com o aceno de cabeça que recebeu. - Eu poderia cuidar de você, sabia? Eu e Emmett, seríamos bons pais para você, te daríamos aulas em casa, você não precisaria visitar aquele antro de adolescentes burros, você teria tudo que quisesse, o que pudesse imaginar. Você já viria morar conosco mesmo, Carlisle precisa lhe observar 24 horas por dia, ver o que desencadeia seu poder, fazes teste, observar seu sangue, podemos tornar a convivência natural. Você poderia me chamar de mamãe.

Isabel a olhava assustada, nada daquilo lhe apetecia, ela gostava de morar com Charlie e Bella. Rose tinha um olhar quase doentio, a encarava fixamente, esperando um novo movimento de afirmação.

- Eu ficaria com você para sempre, você entende? Nunca te abandonaria, você é tão imortal quanto nós se é uma ninfa, logo Charlie e sua irmã não estarão mais aqui.

Rosalie sabia, ela entendia de condição de Isabel, claro que ela teria medo de ficar sozinha, e pelo olhar que ganhou ao dizer aquilo, sabia que havia conseguido a dependência daquela garota. Nunca havia sido tão fácil conseguir alguém. Recebendo um aceno com a cabeça, ela sorriu feliz.

- Agora vamos, me chame de mãe. - agarrou as mãos da garota a levando para a cama, a forçando a sentar ao seu lado. - Estou esperando, querida. Diga "boa noite, mamãe".

- Boa noite - ela deu uma longa pausa - m-ma- mamãe.

Gaguejando ela ouvia a doce risada da mais velha, que se aproximou devagar e lhe envolveu em seus braços gelados.

- Vamos descer, querida, vou fazer algo para você jantar. Quando seu pai, avós e tios voltarem, você vai dizer que quer morar conosco e que está muito feliz que sou sua mãe. Certo?! É necessário para que ninguém nunca me separe de você.

A ninfa assentiu com a cabeça, vendo a "mãe" se levantar e a seguindo para o andar de baixo pensando em tudo que aconteceu. Rosalie estava certa, Charlie logo a deixaria e Bella também, caso fosse transformada ou não.

NOTAS: então, galeura, voltei como se nada, desculpem a demora, enfim, Rose manipuladorah demais né?! Ai gente, vou mudar um pouco a personalidade de muuuita gente, tirar alguns personagens, mexer na estrutura dos acontecimentos, enfim, vou recriar um monte kkkkkkkkkk, espero que vocês tenham gostado, até o próximo.

Escuta-meOnde histórias criam vida. Descubra agora