Capítulo 15

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C O L E  S P R O U S E




Meu corpo doía cada vez que eu puxava o ar para respirar, meus olhos ainda estavam fechados e tudo o que eu ouvia era um som de um bipe repetidas vezes. 

Ao tentar abrir os olhos senti minha cabeça latejar no instante que a claridade do ambiente entra em contato com eles, uma coceira na garganta me faz tossir, mas logo me arrependo, pois meu corpo dói ainda mais fazendo-me soltar um grunhido de dor. 

— Fica calmo. – ouço uma voz feminina um pouco distante e sinto uma mão tocar em meu ombro. — Eu vou chamar o doutor. 

Permaneço quieto, deitado, tentando não mexer um músculo sequer, já que até respirar me causava um desconforto. Tento lembrar-me do que aconteceu, mas apenas alguns flashs me vem à cabeça. 

Eu estou num hospital, tive certeza disso quando a mulher falou que iria chamar o doutor, mas até o momento não conseguia abrir os olhos devido o desconforto da claridade. 

— Cole Sprouse. – uma voz masculina preenche o ambiente. — Que bom que acordou, como se sente? 

— Dolorido. – minha voz sai extremamente falhada, mas creio que ele tenha entendido. 

— Consegue lembrar do que aconteceu? 

— Não. – respondo. 

— Tudo bem, você se lembrará depois, mas você sofreu um acidente essa manhã, isso talvez te explique as dores que você está sentindo. – provavelmente ele viu meu cenho franzido. — Por sorte não houve nenhuma lesão grave e em breve você estará em casa.

O agradeci num murmúrio e senti uma picada em meu braço. Meu corpo estava cansado, e isso me fez fechar os olhos deixando o sono dominar meu corpo. 

***

Quando acordo novamente percebo que respirar já não era tão desconfortável, embora ainda sinta dores nas costas e no tórax ao realizar tal ato. 

Pisco os olhos algumas vezes até me acostumar com a claridade do quarto branco e olho para o lado me surpreendendo com a figura feminina que está sentada na cadeira ao lado da maca. 

Ela está com os pés em cima da cadeira e com os olhos fechados, um casaco preto cobre suas pernas e sua cabeça está apoiada em sua mão. 

— Eu morri e o diabo mandou você para me torturar? – pergunto num tom divertido sentindo minha voz arranhar em minha garganta. 

Ela então abre os olhos rapidamente e ergue sua cabeça para me observar. Seu rosto inchado indica que ela estava dormindo, ou que talvez não tenha dormido nada. Essa cadeira não parece muito confortável mesmo para seu corpo pequeno. Ela sorri e levanta-se vindo em minha direção, apoia suas mãos na lateral da cama e fica me observando por longos segundos. 

— Por que você está aqui, Lil? – pergunto devido ao seu silêncio. 

— Minha mãe me obrigou. – ela responde e eu sorrio. — Você está se sentindo bem? 

— Melhor que mais cedo. – explico. — Minha boca está seca, pode trazer um pouco de água pra mim? 

Ela não responde, apenas se vira e vai em direção à porta. 

Quando volta está com o médico ao seu lado, ele pergunta novamente se consigo lembrar do que aconteceu, e até lembro que tudo aconteceu depois de ter olhado para o celular no banco ao lado. Mas me perguntava ainda porque Lili estava ao lado dele. Quando o doutor se vai ela me entrega o copo com água e pergunta se consigo tomar sozinho. Chega a ser  humilhante não conseguir sentar direito e precisar dela para me ajudar a beber uma maldita água. 

O Maior dos Clichês - Adaptação SprousehartOnde histórias criam vida. Descubra agora