Capítulo 35.

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— Vocês já viram a previsão do tempo hoje? — Hermione sorriu, enquanto olhava para o celular.

— Não, por quê? — Will ergueu uma sobrancelha enquanto ajeitava a gola de sua camisa.

— Porque a Chloe chamou a gente para sair, vocês têm ideia do que é isso?! — Hermione debochou, mais uma vez.

Eu ri comigo mesma enquanto ouvia tudo de dentro do meu quarto, o título de estagiária destaque elevou a minha autoestima e fiquei mais do que empolgada. Eu propus aos meus amigos um happy hour logo que saíssemos da faculdade, então, todos vieram se arrumar aqui em casa, quer dizer, passar um perfume e tomar um copo d'água antes de cair na noite.

— Vamos? — surgi na porta do quarto e eles me olharam.

— Quando você vai dizer para que vamos sair em plena terça-feira? — Will ergueu uma sobrancelha.

— Assim que chegarmos no barzinho. Vocês estão prontos? — peguei uma bolsinha que estava jogada no sofá e coloquei o celular dentro.

— Eu já nasci pronto, baby. — Will sorriu e jogou o seu cabelo imaginário em meu rosto.

Descemos todos juntos no elevador que cheguei a achar que o ia desabar com todo aquele peso, eu até descobri que sou claustrofóbica de tão apertado que estava. Quando o elevador abriu-se e fomos em direção ao carro procurei a chave por todo lugar, até dentro da case do celular, como sempre eu havia esquecido de algo.

— Vai buscar, Hermi, por favor. — fiz beicinho.

— Você que esqueceu, vai lá. — ela deu de ombros e cruzou os braços. Insuportável!

Revirei os olhos e dei meia volta para subir novamente, até que ouvi um assobio e olhei para trás.

— Deixa a bolsa senão você esquecer e vai ter que voltar de novo. — Will debochou e eu lancei a minha bolsa para ele, na esperança que acertasse o seu nariz antes.

Peguei o elevador e não demorou muito para eu estar de cara com o meu apartamento, peguei firmemente a chave da porta principal em meio a aquele emaranhado de chaves, ouvi a porta ao lado se abrir e quando olhei Artur estava encostado na parede.

— A Cinderela vai sair? — ele arqueou uma sobrancelha enquanto me encarava.

— Vou sim. — voltei a olhar para a fechadura e já tinha perdido a chave de vista. — Não vai trabalhar hoje?

— Para onde? — perguntou, mas não me respondeu.

— Vou viver, Artur. Matei sua curiosidade? — respirei fundo e o olhei.

— Talvez... o que vai viver essa noite? — ele se aproximou de mim e fixou aqueles olhos azuis nos meus.

— Vou encher a cara, beijar primeiro e perguntar o nome depois. — abri um largo sorriso forçando ainda mais a minha mentira.

Eu ia beber uma dose, ser a bêbada empolgada e ter medo de chegar nas pessoas.

— Que bom que está aprendendo a viver, Chloe. — ele deu uma gargalhada. — Sério, o que vai fazer?

— Não pareci convincente? — suspirei.

— Você não engana ninguém. Com esse rostinho então... — ele levou o polegar até o meu queixo e acariciou.

— Eu vou para um happy hour com os meus amigos em um bar na Times Square. — revirei os olhos e finalmente encontrei a chave.

— Só toma cuidado para não beber demais e vomitar nos pés de alguém. — ele riu e virou as costas. — Se cuida, Chloe. Aproveite a sua noite.

Meu Misterioso Vizinho Onde histórias criam vida. Descubra agora