Egoísmo Ósseo

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Intragáveis histórias, sucesso e glória,

Tudo apenas me corta com navalhas,

Da língua passando pela garganta ao coração.

Ando com as pernas quebradas em busca,

Da alegria, amor e sucesso, entretanto...

Meu osso enrrosca-se na sujeira do asfalto,

Dói... Meus queridos passam saltitando,

Tem suas dores, mas acha efêmera a minha.

Todavia não é pior esforçar-se e cair sempre?

Metamorfose de podridão em inveja.

Injustiça irmã da inveja, tudo há de corroer.

Cate os pedaços de ossos e tente encaixar,

Sem concerto, então, porque estou aqui?

Odeio os fatos atuais, mas não existe volta.

Alma pura com cicatrizes a colecionar,

Ou apenas uma alma fraca/errada.

Memórias de dias de glória são distantes.

Por fim nada mais há de fazer sobre?

Daria tudo para voltar, tão jovem...

Porém, o tempo nunca foi tão curto,

Nesses olhos que nada é oculto.

Há um inferno em sua mente,

Porém, o medo do real inferno é maior.

Largue os pedaços de ossos agora,

Querida criança se apoie com o que resta.

Não importa como, mesmo que rasteje,

Que roube muletas, que grite sangrando,

Ou que se role na imundícia e morda as,

Rodas da cadeira, só por favor não pare...

Poetry Shaped Box (Caixa em Forma de Poesia)Onde histórias criam vida. Descubra agora