E então eu caminhei perante as sombras do vale da morte,
E lá vi trevas infinitas, caminhei ao seu lado e ri perante sua debilidade.
Falei com os espíritos e eles mesmos não foram capazes de me auxiliar,
Os sonhos me perseguem em cada dia, memórias do que nunca foi.
O chão úmido não é capaz de acolher os meus pesares,
Todos distribuem suas dores como flores do campo aos apaixonados,
Mas eu enterro num poço onde ninguém saberá da existência.
Pode ser fácil esse hábito aos outros, porém acredito que seria força,
Guardar para si, e esquecer aos poucos, até minha própria mente,
Virar cinzas, queria um toque em minha face, uma abraço profundo,
Onde poderia construir um rio de lágrimas, um beijo seria consolador.
Por isso acredito que minha dor permanecerá em escuridão e assim,
Ninguém a verá, meu único medo é afundar tanto na escuridão que,
Ninguém será capaz de me estender a mão, eu precisaria de um anjo,
Que me seguraria em meio as sombras, e o próprio escuro temeria.
Não me importo de tais maléficos atos serão precisos, só me afogarei,
Em escuridão até o próprio sentido da palavra ser redefinido.
A grande verdade é que a solidão das trevas é eterna, e queria que você,
Saísse de meus sonhos no poço escuro e me resgatasse com um beijo.
É absurdo, mas não sei o motivo de na escuridão eu só enxergar mais trevas,
Que seriam nada mais do que sua presença, torne-se luz por favor.
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Poetry Shaped Box (Caixa em Forma de Poesia)
PoetryPoesias que retratam sentimentos feridos da alma humana em um aspecto de escrita sombria melancólica. Um meio diferente de falar o que estou sentindo numa perspectiva mais dramática e sombria, onde o leitor embarca em uma viagem obscura dentro de um...