A tempestade avançou e dividiu o meu mundo, com o dobro de dor,
Quem tentou ficar só em um cinzas virou, quem colocou um pé em cada,
Vive mistura de morte e vida, o único que se obrigou a estar nos dois viu,
A completa alegria, muito mais podia conhecer, deitou em frente ao sol,
E viu a lua ao seu lado, não havia nada mais belo e inconstante.
Passado as estações, fico de luto por quem virou cinzas e espalho-as no ar.
Abraço os mortos-vivos que ficaram, mas a dor recai sobre o mesmo.
Mais e mais tempo passou, e os mortos-vivos começaram a me deixar,
Os que mais amo, por mais que eu os segure entre os mundo, mais eles vão,
Foi algo que eu fiz? Sinto muito, mas não me deixem, são tudo o que tenho.
Só me sobra o âmago da tristeza, serei morto tantas vezes para mantê-los,
E no fim mais morto do que vivo serei, enlouquecerei e irei perecer.
A tempestade tinha que chegar? Me trouxe tantos bons, mas tanta dor,
Principalmente por não querer deixá-los ir, dois mundos são pesados,
Demais para um homem, porém não cairei por mais que seja infantil.
As nuvens escuras em isolamento se aproximam, o que trarão?
Talvez finalmente descanso para meus joelhos rasgados em sangue.
Perante o trono dos dois mundos, a coroa fica mais pesada, levem-na,
Não preciso dela, quero apenas que se sentem e riam comigo,
Não me deixem em anonimato, a distância não me impede, e vocês?
Vocês me salvaram uma vez, quando o mundo se dividiu, não escolham,
Virar cinzas, não tenho mais nada... Subo ao íngreme monte e os procuro,
Apenas veja as nuvens escuras, agora veja é outra tempestade vindo, então...
Me sobrará alguém quando os dois mundos se dividirem em três?
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Poetry Shaped Box (Caixa em Forma de Poesia)
شِعرPoesias que retratam sentimentos feridos da alma humana em um aspecto de escrita sombria melancólica. Um meio diferente de falar o que estou sentindo numa perspectiva mais dramática e sombria, onde o leitor embarca em uma viagem obscura dentro de um...