Fantasma da Solidão

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O sentimento intenso de profunda solidão,

Me transporta novamente as profundezas,

De minha mente, deturpada por sua memória,

Morta está, fantasma do que um dia você foi.

A madrugada faz esse efeito tóxico em mim,

Faz querer me apegar na doce nostalgia da alegria.

Memórias boas são uma faca de dois gumes,

Elas te trazem conforto em pequenos instantes,

Mas te trazem a dor da realidade atual logo após...

Só a sua carcaça vaga como um zumbi errante agora.

E eu dei um beijo no vazio e me tornei parte do nada,

E com essa maldição me tornei parte do invisível.

O seu fantasma para sempre irá me assombrar,

Pelos corredores nas ruínas de minha mente.

Com os pulsos fluindo meu sangue eu percebi,

Não desejo desfazer nada do passado, apenas,

Ter feito a mais, e por esse pecado fui a forca.

Para toda a eternidade andando em frente,

Com meus pés sobre os pregos e com a corda no pescoço.

Uma rua com só eu nela, com apenas eu deitado nela.

Minha carne queimando no magma sem ninguém,

Para me socorrer, caminho tortuoso pela floresta,

Dos fantasmas, andando em meio ao vazio,

Me deparo com um corpo enforcado na árvore,

Então tudo fica claro, eu também sou um fantasma,

Do que um dia já fui nas profundezas de minha memória...

Poetry Shaped Box (Caixa em Forma de Poesia)Onde histórias criam vida. Descubra agora