33 - Eu vou contigo

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- Você não pode fazer isso com a nossa filha, você sabe como a verdade pode mudar as coisas com ela e Sabina? - a voz da mulher era alta, cheia de rancor.

- Eu já te disse Johanna, Joalin não saberá de nada, não por mim, espero que você faça o mesmo.

- Nossa filha já sofreu demais Joseph, deixe-a ser feliz.

- Eu não vou falar nada! - o homem disse e juntamente com suas palavras veio o barulho de sua mão se chocando contra a madeira de sua mesa.

- Isso não é justo.

(...)

Joalin POV

- Joseph cadê a porra do teu amigo, já fazem três semanas que o senhor falou que nos apresentaria e até agora nada - gritei minha voz já aumentava automaticamente quando eu falava com esse homem.

- Joalin você passará tempo indeterminado ao lado dele, se eu fosse você, não me apressaria tanto. Aproveite e adianta seu trabalho pra ficar livre. - ele disse do outro lado da linha.

- Imbecil - desliguei o celular em sua cara.

Hoje eu estava sem paciência para discutir com ele, na verdade eu não sei o que eu estou fazendo da minha vida, ultimamente as coisas estão tão automáticas.

Trabalho casa, trabalho casa. E o ciclo se repete.

Tentei me aproximar de Sabina mas sempre que tentava avançar eu recebia a ligação de Joseph me pedindo pra me afastar. Ele e seus seguranças.

Então tudo que me restou foi velar pela a vida das minhas garotas. De longe.

Chamei a secretária que eu nem ao menos conhecia pra me acompanhar a sala de reuniões.

A moça me seguiu até às escada já que eu não estava com paciência para esperar aqueles caixas metálica parassem nesse andar.

A moça começou a descer as escadas comigo, mas na metade do caminho eu senti suas mãos indo para a lateral de minha blusa.

A olhei com dúvida.

- Tem como tirar a mão? - eu disse com o tom calmo, mas acho que escolhi as palavras erradas para isso.

- Desculpe - ela pediu baixo, tão baixo que não escutaria se não fosse por nossa aproximação.

Eu não queria ser grossa com a garota. Acontece que o que ela fez me lembrou de Sabina, de todas as vezes que ela se agarrava a minha blusa pra descer e subir as escadas. Sei que não é motivo pra justificar minha atitude com a secretária, mas eu simplesmente não conseguia. É como se tudo que eu fizesse, pra onde eu fosse. Sabina me seguisse. Mesmo não a tendo eu a sentia.

Só queria saber se ela sente minha falta, assim como eu sinto a sua.

(...)

- Sabina falta só mais uma caixa. - ouvi Shivani gritar, acontece que a gente estava doando algumas coisas que Luna não usava e faltava ver só mais uma caixa pra ver se Luna iria querer alguma coisa ainda.

- Olha nessa caixa minha filha, o que você não quiser você separa.

- Ok Momy.

A menina revirou a caixa inteira e só retirou de lá um objeto, que pela sua cara de dúvida, ela não sabia o que era.

- O que é isso momy?

A latina virou o rosto em direção a filha olhando para o objeto na mão da pequena.

- É um estilingue, amor.

- E pra que que serve?

- Não é um brinquedo muito bom pra se brincar, é meio que perigoso, e acho que em suas mãos se tornaria uma arma mortal. - Shivani falou interrompendo a explicação de Sabina. Na verdade nem a deixou começar.

Luna, a pirralha | Versão Joalina Onde histórias criam vida. Descubra agora