Caminhos Traçados

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Já fazia um tempo desde que Regina ouviu alguma coisa do outro lado da porta de Emma, ​​ela tinha adormecido? Ela não entendeu por que ela fugiu assim depois de retribuir seu beijo. Era verdade que ela se apressou e se deixou levar por um impulso, certamente motivado pelo vinho e pelo desejo avassalador de senti-la ao seu lado após um ano de ausência, mas ela estava convencida de que Emma sentia o mesmo e naqueles momentos, quando Do outro lado daquela porta fechada pela primeira vez desde que se conheceram, Regina estava confusa e tremendamente magoada, ela precisava falar com Emma, ​​entender o que havia acontecido e acima de tudo saber se Emma sentia o mesmo que ela, se seu coração também estava acelerado seu interior ferveu e sua respiração congelou, ela precisava saber se Emma a amava, porque só o amor poderia explicar como ela se sentia nesses momentos, A certeza de estar completamente apaixonada pela loira bateu nela e ela teve vontade de chorar, desamparada e se sentindo estúpida. Ela deveria saber, os sinais estavam lá e ela não queria vê-los, ela não queria entender porque só Emma conseguia acalmá-la, porque desde o primeiro dia seu olhar, seu sorriso se tornou uma necessidade para ela, porque ela só dormia sem pesadelos em os braços dela ... Sentada contra a porta daquele quarto onde tantos medos foram apagados no passado, Regina chorou ao pensar em Robin, como era injusto não poder amá-lo como Emma, ​​o menino era bom para ela, ele a tratava como uma rainha e ela o fazia feliz sempre que podia, ele era detalhista e generoso, confundia amor com solidão e carinho, agora sabia e se sentia culpado.

Exausta da longa jornada, com os olhos vermelhos e inchados pelo choro silencioso e o interior cheio de dúvidas, ela se levantou e se deitou na cama, adormecendo instantaneamente sem saber que Emma não tinha dormido, atenta aos seus movimentos desde o porta de seu quarto, seu coração disparado e sua mente cheia de horror. Com os dedos nos lábios, acariciando-os enquanto as lágrimas caíam silenciosamente pelo seu rosto. Regina o tinha beijado, a sua menina, a mesma que teve uma vida longe dali, a mesma que teve um homem que a esperava, a mesma por quem ela não dormia, a quem amava com todo o seu ser e era para ser inatingível .

Como um ninho de vespas, sua mente desabou com todos os pensamentos que tentava afastar, não queria falar com ela daquele beijo, não daria importância e se Regina se aproximasse dela o mais sensato seria deixar o assunto de lado e esquecer. A morena era jovem, impulsiva e com certeza ficaria confusa, e aos trinta e um não se permitiria perder a cabeça por uma garota de dezenove que aos olhos de todos era semelhante a uma filha. Sem dúvida, uma relação com ela não tinha cabeça nem rabo, era um caminho pedregoso, com mais tropeços do que alegrias, era muito melhor deixar passar antes que fosse mais longe já que Regina ficaria feliz com Robin se esquecesse daquele deslize, embora ela não tinha saída, mesmo que estivesse perdida porque assim que a morena beijou seus lábios ela certificou que Emma era dela, ela sempre faria isso,

Deitou-se na cama e não conseguiu dormir, não conseguia tirar os dedos dos lábios, memorizando cada segundo daquele beijo que a sua morena lhe dera sabendo que seria o único que receberia dela, o primeiro e o último, não conseguia dormir olhando para o teto e chorando, sabendo que na manhã seguinte teria que enfrentar a pior situação de sua vida, enfrentar Regina e dizer a ela que aquele beijo não significou nada, mentir para ela já que os lábios da morena nos dela tinham sido o que melhor coisa que já aconteceu com ele.

Na manhã seguinte Regina acordou com o cheiro agradável de panquecas que vinha da cozinha, Emma estava preparando o café da manhã e embora não estivesse com fome, deu um pulo para ir ao encontro da loira, ela precisava falar com ela ou sua mente iria explodir. Ele entrou na cozinha e a encontrou preparando um prato, café e suco, concentrada no trabalho. Ele ficou parado por um momento olhando para ela com a boca seca e o coração acelerado, ela nunca havia notado antes, mas ver Emma concentrada em tarefas comuns parecia fascinante para ela, ela parecia para ela a mulher mais bonita do mundo. Os olhos verde-azulados da loira caíram sobre os dela e ela deu um sorriso que conseguiu derretê-la completamente.Como ela não percebeu antes quais eram seus verdadeiros sentimentos por ela? Eles eram mais do que óbvios e ela não tinha notado.