capítulo 08

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PETE


Já apanhei antes, mas este é muito pior do que isso.

"CHUTE"

O terceiro golpe está na mesma área que já havia sido atingida, mas P'Trump não parece se importar. Agora estou chorando de boca aberta, não tenho mais forças para pedir ajuda. Tudo que posso fazer para me proteger é me enrolar no chão. Não tenho certeza se ainda consigo respirar corretamente. É como se meus pulmões estivessem gritando por dentro porque dói muito. Estou com tanto medo agora ... Estou morrendo de medo.

Não consigo nem responder ... não tenho forças. Eu me sinto muito fraco. Nesse ponto, só consigo pensar em uma pessoa.

Ae ... Socorro ... Ajuda-me, por favor

"- A-e ... -" Foi a única palavra que conseguiu sair da minha boca. É toda a força que tenho em mim, mas o homem acima de mim olha para baixo, sem mostrar misericórdia. Só consigo olhar para ele com os olhos marejados, mas não consegui encontrar o menor traço de tristeza nele. Isso mostra o quão rude e malvado P'Trump é, ele apenas me olha com uma cara cheia de nojo.

"- Você não tem dinheiro, hein? E o que é isso? -"  Não tenho mais forças para resistir. Trump tira o relógio do meu pulso.

Não, por favor… Não aquele relógio. É um presente da minha mãe

 N-não ... faça isso. 

O custo do relógio, que pode rondar um milhão de bahts ou algo parecido, não é o que importa para mim, mas o valor sentimental que ele tem, minha mãe me deu no meu aniversário.

Socorro… Ae… Socorro

Tudo o que pude fazer foi rolar no chão de dor. Mal uma palavra sai da minha boca, enquanto P'Trump está ocupado saqueando minha carteira, ele pega meu telefone do bolso da calça. Meu corpo ainda está entorpecido, pois continuo chorando de toda a dor que estou sentindo e que nunca experimentei antes.

"- Não se atreva a chamar a polícia ou vou persegui-lo pelo resto da vida!"

SOM DE CHUVA

Ele joga a carteira vazia na minha cara. Eu nem consigo ver porque minha visão está ficando embaçada e fraca. Tudo que sei é que ele está se afastando e me deixa sozinha no escuro, bem em um beco onde ninguém parece estar passando.

Não tenho ideia de quanto tempo estou deitada no chão. Só consigo pensar na única pessoa que sempre esteve lá para me ajudar quando estou com problemas. Pensar nele é a única força que tenho para tentar me levantar, mesmo no meu estado. Ae não está por perto, então tenho que me levantar sozinho. Usei a parede como apoio porque minhas mãos ainda seguram minha barriga, que dói muito.

Eu olho nas minhas calças, mas percebo que não tenho mais meu telefone, então não tenho ideia de como vou entrar em contato com Ae.

"-… Já imaginou o quão loucos podem ser esses idosos?"

" Eu não sei. O que tenho certeza é que eles definitivamente ficarão com raiva agora que ninguém aderiu à prática. Então estaremos mortos amanhã, com certeza."

De repente, houve o barulho de uma conversa. Tentei respirar para ter força suficiente para poder caminhar em direção a eles.

BAQUE

Love by Chance (pt-br) (Novel PARADA )Onde histórias criam vida. Descubra agora