Hipnose, o encanto ilegal

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Sinto seus olhos a me encarar,
o leve, verde e enlanguescido olhar.
Arcangélico e sagaz, nos sóis a radiar,
de formosura antiga já conhecida por mim.

Você se aproxima,
braços nervosos começam a me explorar. Boca trêmula, viçosa, a me beijar
com uma loucura carnal e alucinada.

Nos filtros e nos tóxicos secretos
a hipnotize angelical.
Passo a mão por seus cabelos,
cabelos negros, de um esplendor sombrio.

Me entrego, outra vez,
mas me lembro do frio.
Das noites só, da vontade dos seus beijos inclementes,
do seu encanto ilegal.

Agora tê-lo em meus braços novamente, hipnotizada, não me desperto.
Apagam-se as luzes,
deixando só a luminosa sensação de chama íntima e indecente no ar.

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