A morte, ó espasmo gelado,
A dor dilacerante...
A vermelha explosão de sangue.
Da cruel e lastimosa serpente
Fluem aromas diferentes,
De uma dor letárgica e violenta.
Meus pés fracassam,
Sinto que essa batalha já está perdida.
A uma beleza morta em mim,
De uma essência dolorida e sangrenta.
A dolência bizarra me aflora,
De dentro para fora.
Com um rompante de dor,
O canto errante da morte,
Eu suspiro
Sem persuadir,
Alucinada em trevas.
Sob uma lua de sangue,
Ao leste sinistro
Onde eternamente dormirei.O ópio da noite turbulenta,
Da fina blusa, que se ensanguenta...
Um espelho a minha frente...
Eu rio, da minha própria violência.
Eu não imortal
Estava sendo encarada por mim mesma,
Ouvindo gritos atrozes atrás de mim.
Eu não entendi,
Ninguém entendeu,
Vocês não entenderam.
Com um ultimo suspiro eu caí,
E o sangue rojou, saindo pela minha boca.
Fazendo-me acordar deitada em minha cama.— Lua de sangue
