Quando o Sol morrer,
Num olhar transbordando
Desejos impossíveis,
Quero apenas a indiferença
D'um cobertor de estrelas;
Uma lápide de luz,
Para sonhos e desejos
Que nunca foram mais que medo.Quando o Sol morrer
Na vastidão de todas as coisas,
Que próximas são inalcançáveis
E distantes, inesquecíveis,
Quero as cinzas de meus medos
Lançadas ao vento, e que meu "doce" afã,
Torne-se um sorriso sem motivos
No abrigo de sonhos esquecidos -
Para onde vão os nossos silêncios!Quando o Sol morrer
Será como tudo, absolutamente tudo,
Que sequer lembramos mais...Ó imensa nebulosa que nada apraz,
Tempestade de silêncios, horror,
Angústia e paz: Dizer-te-ei
O segredo do sono dos deuses,
Adormecendo no riso de tudo que se vai
E comigo, sonhem, abismos cintilantes,
Tudo que nunca ousais.Uma nova estrela nascerá!
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12/05/2018
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Serenata à Saudade
PoetryPoemas feitos de dor e lembranças, originalmente escritos em 2018 - cada poema possui sua data de composição ao término da página! - para uma das mulheres mais fortes que já pisaram na Terra. Versos simples, cheios de tudo que um coração não suporta...