Blood Love

Capítulo 1 - Prologue

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Hello amores e amoras, mais uma fic.
*Algumas coisinhas que vocês devem saber sobre essa fic:
1- Ela é sobre misticismo e fantasia, então provavelmente eu vou viajar muito na maionese em algumas coisas.
2- Algumas características dos seres, principalmente dos vampiros eu vou ter como base a saga Crepúsculo e o universo de TVD, quem já assistiu os filmes e as séries vão identificar algumas referências no decorrer.
3- Essa fic tem vários crossovers e vários personagens, alguns personagens não vão aparecer nos primeiros capítulos, mas no decorrer da história ele irão aparecendo.
4- A fic vai acontecer no século 21, mas a maioria dos capítulos vai iniciar com um trecho que aconteceu no passado, sempre que isso acontecer eu vou colocar o ano e vai estar em negrito, é para vocês irem vendo o que aconteceu antigamente e entenderem o porque de certas coisas acontecerem agora (vocês vão entender quando lerem).
***Eu acho que era só isso que eu tinha para falar, eu espero que gostem desse fic.
****Boa leitura!

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1862

Era uma noite chuvosa em Berk, uma pequena cidade situada na Península Escandinava, as ruas estavam vazias, a única luz que tinha era causada pelos relâmpagos e o único som ouvido era o das árvores balançando por causa do vento gélido que soprava. Qualquer pessoa sensata estaria no aconchego de sua residência se preparando para se recolher, mas não ela.

Astrid estava na casa de seu noivo, ela tinha passado a tarde toda conversando com sua futura sogra sobre os preparativos do casamento, afinal ela se casaria em apenas quatro meses, eram tantos detalhes para organizar. Ela só se deu conta do horário quando seu futuro sogro chegou em casa após um dia cansativo de trabalho.

- Fique para o jantar – sua futura sogra insistiu após Astrid dizer que iria embora.

- Não posso, já está tarde, meus pais devem estar preocupados – Astrid se levantou da cadeira e ajeitou a saia de seu vestido.

- Deixe-me ao menos lhe acompanhar, está escuro e chovendo, pode ser perigoso – seu futuro sogro era um homem solícito.

- Eu fico agradecida, mas não é necessário, em alguns minutos já estarei em casa, e estou acostumada com o caminho, não tem por que se preocuparem – Astrid se despediu dos futuros sogros, ajeitou o chapéu em sua cabeça e saiu indo em direção a sua casa.

A chuva não estava forte, mas era o suficiente para deixá-la molhada, ela mantinha seus passos rápidos, não via a hora de chegar em casa e se aquecer. De repente ela sentiu um arrepio percorrer seu corpo, mas não era de frio, era mais como um pressentimento, ela tentou ignorar, mas a cada passo que dava o arrepio aumentava e ela tinha a sensação de estar sendo seguida.

Ela ouviu um barulho e em um impulso se virou para trás no mesmo momento em que teve um relâmpago, com a claridade causada pelo mesmo, ela conseguiu enxergar melhor a rua, tinha alguém lá, tinha um homem encostado em uma árvore, ela semicerrou os olhos tentando enxergar melhor a fim de tentar reconhecer quem era, mas a rua tinha voltado a escuridão, e então teve outro relâmpago, ela ainda olhava em direção a árvore, porém com a claridade ela percebeu que o homem não estava mais lá.

Ela voltou a caminhar em direção a sua casa, dessa vez mais rápido, o que não era muito, já que o peso do vestido molhado a dificultava, após alguns minutos, que pareceram horas, Astrid chegou em casa, ela entrou pela porta e rapidamente a trancou assim que passou por ela, ela estava aliviada, ela respirou fundo e descompassada, nunca havia passado por um susto daquela forma, após recuperar o fôlego, ela se endireitou e subiu as escadas indo em direção aos quartos.

- Pai, mãe – ela chamou ao perceber que a casa estava silenciosa – Nina, alguém em casa?

Ela continuou a chamar, mas não obteve nenhuma resposta. Ela foi até o quarto de seus pais e bateu na porta, porém ninguém respondeu, decidiu então entrar no quarto para verificar se realmente não tinha ninguém. O quarto estava escuro, a cama estava arrumada e parecia que ninguém tinha estado naquele cômodo nas últimas horas, ela desceu as escadas e foi até a cozinha, também estava vazia, pelo horário era para sua mãe e Nina estarem preparando o jantar, mas não havia nenhuma panela em cima do fogão e nenhum sinal de que alguém tivesse feito algo na cozinha durante o dia.

O arrepio voltou a percorrer seu corpo, tinha algo estranho e ela tinha a sensação de não estar sozinha em casa, então onde estaria todo mundo? Ela decidiu então ir até o quarto de Nina, uma empregada que praticamente era da família.

O quarto estava escuro, sendo iluminado apenas por uma fraca vela acesa em cima de um criado mudo, Astrid percorreu o olhar pelo local se deparando com Nina adormecida em um cadeira.

- Eu morrendo de preocupação e você está dormindo? – ela balançou a cabeça negativamente – Nina, acorda.

Astrid esperou um pouco, mas a mulher a sua frente nem se mexeu, ela a chamou novamente aumentando um pouco o tom de voz, e nada, ela então se aproximou da cadeira e delicadamente balançou Nina que continuava imóvel, foi quando Astrid percebeu que o corpo de Nina estava frio, ela a soltou devagar e o corpo de Nina se inclinou para o lado caindo no chão sem vida, Astrid entrou em pânico ao ver que Nina estava morta, não podia ser, ela se aproximou do corpo e notou que o pescoço estava sujo de sangue e havia uma mordida no local.

Astrid deixou escapar um pequeno grito, mas logo o conteve, o assassino poderia ainda estar na casa, ela silenciosamente saiu do quarto e foi para a cozinha, pegou uma faca afiada que estava em cima da mesa e foi em direção a porta dos fundos. Quando estava quase chegando na porta alguém segurou seu braço, ela se virou rapidamente se deparando com um homem, ele tinha um sorriso assustador no rosto, seus olhos estavam vermelhos e sua boca estava suja de sangue.

Em um golpe, Astrid enfiou a faca no coração do homem e saiu correndo, ela chegou até a porta e a abriu, ela tinha que sair da lá, tentaria ao menos chegar na casa de seu noivo, ela corria com certa dificuldade, estava ficando sem fôlego, ela olhou para trás e percebeu que alguém corria atrás dela, ela tentou apressar ainda mais seus passos, ela deu mais uma olhada para trás, já não tinha ninguém, quando se virou novamente para frente ela bateu em algo, e então ela sentiu um dor em seu pescoço e sentiu um líquido escorrer por ele, algo a estava perfurando, então tudo ficou escuro.