Capítulo 48 - Past memories

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Ano: 1200

- O que isso significa Cayena? – Wolf encarou a bruxa, seus amigos pareciam atônitos.

- Eu já disse, é o que vai acontecer no futuro – ela sorriu debochada.

- Isso é sério, o que eu vi vai realmente acontecer? Digo, não é impossível, mas quem eram aquelas pessoas?

- Não, é claro que é mentira – Hunter saiu do transe – não vai acontecer.

- Eu não sei o que você viu, mas o que eu vi, tem grandes chances de acontecer.

- O que você viu?

- Ela – Wolf apontou para Valquíria – nos atacando.

- Tenho certeza de que ela teve motivos.

- Você viu a mesma coisa?

- Mais ou menos – Hunter engoliu a seco.

- Vocês me atacaram primeiro, eu apenas me defendi – Valquíria falou encarando o sangue que ainda escorria de sua mão.

- Eu disse, ela nunca faria algo assim e não significa que o que vimos tem que acontecer.

- Mas vai – Cayena deu de ombros.

- Não, eu não vou deixar – Valquíria recuou alguns passos – eu pensei que vocês queriam me ajudar, me fazer voltar a ser humana, mas me enganei.

- Do que está falando? – Hunter a olhou confuso.

- Vocês não vão me machucar mais – Valquíria levou a mão até seu peito, no mesmo local em que Hunter havia lhe cravado a adaga na visão – principalmente você.

Ela se virou e saiu correndo da caverna.

- Não podemos deixá-la escapar – Wolf disse enquanto corria atrás dela.

- Não vai também? – Cayena perguntou para Hunter.

- O que eu vi, vai mesmo acontecer? Ela vai me matar?

Cayena abriu um sorriso largo e se aproximou dele.

- Eu avisei caçador, que vocês acabariam se destruindo, mas vocês preferiram não me ouvir, vocês insistem em negar a natureza de vocês, não percebem que quanto mais fizerem isso, mais vão se aproximar da morte.

- Não, tem que ter outro jeito.

- Não tem, todas as visões vão acontecer, talvez não agora e não da forma que pensam, mas vai acontecer, então escute meu último conselho, se quiser viver, pare de tentar salvá-la, boa sorte caçador, da próxima vez que nos vermos, será nos seus sonhos.

Cayena fez surgir uma fumaça roxa e desapareceu.

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Astrid estava em seu escritório, em pé, encostada à mesa com sua mão apoiada sobre ela enquanto tamborilava os dedos pela mesma, ela encarava os pés e sua expressão não estava nada boa.

Em sua frente estava Camicazi, absorvendo cada detalhe que conseguia, o tamanho do cabelo de Astrid, o tom de sua pele, os micro movimentos, quantas vezes piscava, quantas vezes mexia os pés, as marcas em sua pele, algo que achou estranho, não era para ele ter sinal de hematomas.

Blood LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora