P•A•T•E•R•N•I•D•A•D•E

Prólogo

A única coisa que o Uchiha pensava era em correr, correr o máximo possível para finalmente chegar ao hospital. Seu coração estava acelerado, a respiração entrecortada e as mãos trêmulas de medo e angústia.

A preocupação de Sasuke era sua esposa, e agora, sua filha. Será que estava tudo bem? Houve alguma complicação no parto? A criança nasceu saudável? Deveria levar algo? O bebê iria gostar dele? Tantas perguntas se formavam em sua mente enquanto seus nervos se tencionavam ainda mais.

Abriu as portas do hospital com brutalidade e foi correndo pelos corredores, a fim de achar sua esposa. A recepcionista gritou com o Uchiha sobre não ter sequer se identificado, mas ele não se importava, precisava urgentemente ver como Sakura estava. Quando finalmente achou o quarto da rosada, entrou com um certo desespero e assustou tanto Tsunade, que fazia companhia para a jovem, quanto sua mulher que logo fez um sinal de silêncio para ele.

Sasuke travou assim que passou na porta e viu um pequeno pacotinho embrulhado nas cobertas e nos braços da Haruno, ou melhor, nos braços da senhorita Uchiha. O coração não parava de bater descompassado enquanto suava frio, os olhos encaravam com perplexidade o pequeno ser ali presente e ele pensava bem no que deveria fazer.

— Você quer segurar ela? — Sakura perguntou com um sorriso gentil.

— Eu posso? — indagou receoso e as duas mulheres riram leve.

— É claro que pode, ela é sua musume. — concluiu e então fez sinal para que ele se aproximasse.

Com passos vagarosos, Sasuke ficou perto da cama e olhou dentro dos cobertores, encontrando um rostinho redondo, bochechas avermelhadas e olhos pequenos fechados. Esticou as mãos que não paravam de tremer na direção do serzinho e, sem jeito, pegou-a no colo. Um sorriso acompanhado de um suspiro aliviado se formou em seu rosto, por não ter a deixado cair como pensou que faria.

Em seus braços o bebê parecia menor ainda, menor do que podia imaginar. Seus músculos endureceram cada vez mais com medo de machuca-la com sua força, pois aos seus olhos, era como se fosse feita de cristal, era preciosa para si e deveria ser protegida por ele. Iria tomar todo o cuidado possível com aquela vida em seus braços.

— Qual o nome dela? — Perguntou sem deixar de olhar para os pequenos olhinhos fechados.

— Eu ainda não dei um nome, queria que você me ajudasse a escolher. — Respondeu em deleite com aquela cena maravilhosa a sua frente.

Tsunade, que antes estava no quarto, saiu para deixar ambos mais à vontade para conversarem. Os olhos do homem não deixavam de capturar cada detalhe do rostinho rechonchudo de sua filha, enquanto pensava em algum nome.

— Não sou bom com nomes, me diga o que você pensou. — declarou por fim.

— Eu pensei em Sarada, o que acha? — Sakura disse e o outro a olhou por segundos e voltou a encarar a pequena.

— Sarada... — repetiu com um sentimento estranho no peito — Achei perfeito.

O bebê que agora era conhecida como Sarada, sorriu para o homem que a carregava nos braços e se mexeu minimamente. Aquele sorriso teve uma reação tão grande dentro de si, que Sasuke não percebeu que seus olhos estavam marejando de emoção, estava construindo uma família e deveria protege-las de todo o mal, custe o que custar.

•••
MUSUME : FILHA.