Capítulo 2: Presença

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Olhando para o teto, Sasuke refletia na conversa que teve com sua esposa na noite anterior. Não fazia a menor ideia de como fazer aquelas três etapas, mas iria tentar, só precisava saber por onde.

Não fazia nem um dia que retornou para casa e já achava ser pai um grande desafio, não possuía experiência nenhuma sobre o assunto e aquilo era assombroso! O moreno suspirou pesado, queria que seus pais estivessem ali para o ajudá-lo com sua filha. Por mais duro e sério que seu pai já tiverá sido, ainda era um bom pai assim como sua mãe que foi uma mulher doce e amável.

Droga, não tinha nem com quem desabafar ou pedir ajuda. Para quem poderia pedir socorro? Os parentes? Falecidos. Sua esposa? Não deveria atormenta-la com seus problemas, ela já havia feito muito nesses dez anos. Então quem poderia o ajudar?

Sua mente estava cansada com aquele turbilhão de pensamentos, precisava voltar a dormir pois teria um dia longo pela frente. Virou seu corpo para o lado e suas orbes diferenciadas analisaram a mulher em sua cama, tão calma e serena, dormia tranquila ao seu lado enquanto ele não conseguia fechar os olhos.

Um sorriso se formou em sua face, até aquele momento sua relação com Sakura estava ótima mesmo pelo tempo que estiveram distantes. Sakura o amava imensamente e fazia de tudo para manter uma boa relação com ele, por que carambolas demorou tanto para perceber que ela era a mulher de sua vida?

Com um pouco de alegria em seu peito, Sasuke abraçou o corpo menor a sua frente e tocou a ponta de seu nariz na nuca quente da mulher inalando seu perfume discreto. O calor de seu corpo fez aos poucos o dele relaxar e então voltar a dormir, a paz que exalava de sua esposa parecia uma droga entorpecente em seu organismo. E, cada vez mais que tinha aquela paz dela para ele, se sentia embriagado e viciado pela sensação boa que o trazia.

Dormindo ao lado de Sakura, parecia que não existia problemas a resolver. O moreno apenas aproveitava o momento ao seu lado e sua mente reparava apenas nela. Se Sakura Uchiha, sua esposa, continuasse ao seu lado para sempre, ele poderia resolver qualquer problema que existisse.

O sono estava tão bom que quando o sol começou a clarear toda a casa parecia que se passaram apenas poucos minutos dormindo, mas as marcas do travesseiro em seu rosto denunciava um sono pesado e duradouro.

Sentia um vazio ao lado da cama e quando abriu os olhos percebeu que estava sozinho ali no quarto, o cheiro de café da manhã veio forte e então sua barriga roncou alto apenas em sentir o cheiro. Levantando-se com uma lerdeza e preguiça, Sasuke foi ao banheiro do quarto e lavou o rosto para despertar, fez as higiene matinais e saiu em direção a cozinha onde o cheiro de comida saborosa se agravara.

O ambiente estava muito bem iluminado apenas com a luz do sol que entrava pela janela, viu sua esposa ali na beira do fogão e com um avental preso na cintura. Ele sorriu. Era incrível como em apenas dois dias ele havia sorrido mais do que naqueles doze anos. Era apenas vê-la que pronto, um sorriso brotava em seus lábios.

Com aqueles pensamentos Sasuke se aproximou da moça e beijou a curvatura de seu pescoço a surpreendendo com o ato, Sakura virou seu rosto para ele e deu um beijo casto em sua boca.

Ohayou dorminhoco. — disse ainda com os lábios colados nos dele.

— Deveria ter me acordado, poderia ter te ajudado com o café.

— Mas eu não queria sua ajuda, pensei em fazer seu primeiro café da manhã de volta em casa. — Sorriu no final da frase e ele percebeu o brilho em seus olhos esmeraldas.

Se afastando de sua esposa Sasuke se sentou na cadeira e olhou para os lados, a mesa estava bastante cheia e bem enfeitada mas faltava alguém.

— Cadê a Sarada? — Perguntou curioso.

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