C I N Q U E N T A E C I N C O

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Naquela noite Amélia não sonhou, pelo contrario , dormiu profundamente , ouvindo uma suave e bela canção  que era o bater do coração de seu marido , se permitindo apenas a sentir o movimentar do corpo dele ao realizar a função de inspirar ar para seus pulmões , podia se sentir completamente feliz por ter aquele homem vivo embaixo de si, poder sentir o calor daquele corpo maior que o seu e o cheiro que inalava de sua pele, que tanto a embriagava, a ponto de necessitar que aquele cheiro impregnasse em si , para em casos de sua ausência pode—lo sentir cerca .

Ela dormiu profundamente até o dia seguinte , estava em um sono tão profundo que havia perdido toda noção do mundo ao seu redor , mas um barulho irritante a estava despertando e fazendo sair do mundo dos sonhos e voltar a realidade que a cercava , sem qualquer vontade abriu seus lábios, podendo sentir sua boca um tanto quanto marrenta , lentamente abriu seu olho direito, constatando que os raios solares já penetravam no quarto , mas ao mesmo instante se amaldiçoou ,pois aquela claridade quase que prontamente causou uma pontada em sua cabeça, a fazendo recordar e se amaldiçoar por haver bebido na noite passada , contudo aquele barulho agudo estava entrando na parte mais profunda de sua cabeça, instintivamente apertou seus dedos contra algo macio, se dando conta que embaixo de si não estava seu marido, mas sim seu travesseiro, pensou em se indagar onde seu marido estava, contudo aquele barulho irritante não estava permitindo que se formasse qualquer pensamento em sua cabeça .

Sua consciência estava despertando lentamente, se permitindo assim a se dar conta que aquele barulho não era de todo desconhecido, era seu celular que tocava de forma desesperada , parecia que a pessoa que ligava ansiava por falar com ela , sem qualquer vontade abriu suas pálpebras , permitindo que a claridade adentrasse seus globos oculares e causasse uma forte dor em sua cabeça, devido a sua irritação levantou –se rapidamente da cama a, levando sua mão até suas madeixas e as penteando para trás se pôs a procurar a origem daquele barulho, pois não recordava aonde havia deixado sua bolsa, afinal nem recordava de havê—la trazido , seus olhos piscavam rapidamente na tentativa de se acostumar com a claridade , por fim assim que seus olhos se dirigiram até sua penteadeira encontrou sua bolsa, habilmente agarrou sua bolsa e sacou seu celular, olhou o visor e esboçou um suave sorriso, deslizou seu dedo sobre a tela, atendendo a chamada .

—Que amiga hein Amélia Crawford  Klein? – disse a voz se apressando a falar do outro lado da linha – Volta e nem me liga – continuou Anna em um tom de reprovação

—Bom dia para você também Anna – saudou Amélia em um tom calmo –E fala baixo por favor – suplicou ela sentando—se na espreguiçadeira no pé da cama

—Andou bebendo senhora Amélia? – indagou Anna rindo do outro lado da linha – Amiga você nunca foi dessas coisas,  pelo visto a festa de ontem foi um tanto quanto animada – brincou ela

—Antes fosse Anna – murmurou Amélia – Tenho tanta coisa para te contar – anunciou ela

—Eu também amiga, tenho uma grande noticia para te contar – disse ela animada – Vem passar o dia aqui em casa e colocamos a conversa em dia e não aceito um não — advertiu ela

—Está bem vou tomar um banho e logo chego ai – anunciou Amélia finalizando a chamada .

Ela soltou um longo suspiro e se pôs a olhar o quarto ao seu redor, seus pensamentos começavam a entrar em ordem a ponto de se permitir a voltar a indagar o real paradeiro de seu marido, estranhou o fato de Aidan ter saído sem ter lhe dado um tchau , naquele instante imagens da noite anterior começaram a invadir sua cabeça , parecia até um sonho , um sonho ter estado nos braços de seu marido por aquela noite , mas ainda queria saber onde ele estava, lentamente se pôs em pé , pois não queria correr o risco da dor de cabeça que a acometia causar um desequilíbrio , mas antes que pudesse se dirigir até a porta para averiguar se ele não estava no andar debaixo seu celular voltou a sonar em sua mão, institivamente esboçou um suave sorriso ao ver quem era, habilmente atendeu a chamada e levou o telefone até sua orelha .

Depois do Sim [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora