that's how we do it

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4. That's How We Do It

 That's How We Do It

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JUSTIN BIEBER

Anne possuía uma privilegiada vista daquela área do Brooklyn através das janelas de seu quarto.

A atmosfera indigente se dava pela modéstia das residências que, junto a alguns becos e muros marcados por pichações, compunham o cenário familiar o qual eu estava habituado. Eram também nobres elementos da paisagem os garotos que, dentro da precária quadra de esportes, disputavam uma partida de basquete; algo que naquela idade, os caras e eu costumávamos fazer todos os dias.
Relembrar o passado não era de minha propensão, mas me sentia nostálgico sempre que acendia um baseado.

Algumas gotas d'água ainda deslizavam pelo meu tórax desnudo minutos após o banho. Anne usava o banheiro para se maquiar e todas aquelas outras bobagens enquanto eu me encontrava sentado sobre sua cama, usando apenas minha boxer preta. Estreitando meus lábios em uma pequena brecha, liberei a fumaça do trago, cujo o cheiro fora imediatamente ofuscado por uma fragrância floral que invadiu minhas narinas.

— Você estava diferente hoje. – Em meu ouvido, seu sussurro ecoou.

Me virar para encará-la não fora necessário. A loira se sentou em meu colo em um vagaroso ato e em seguida roçou nossos lábios no momento em que soltei novamente a fumaça pela boca.

— Com qual vadia aprendeu aquele lance com a língua? – Sua indagação era de um tom levemente possessivo.

Em meio aos segundos em que permaneci em silêncio, a loira segurou meu baseado entre seus dedos e o levou até a boca.

— Por que eu te diria isso? – Franzindo o cenho, questionei.

Suas sobrancelhas arquearam-se em uma expressão incrédula.

— Porque não sou qualquer uma. – Entrelaçou seus braços ao redor de minha nuca, expelindo a fumaça contra meus lábios uma vez que a distância entre nossos rostos era mínima. — Você me ama, babe... – A filha da puta sorria e mordiscava seu lábio inferior enquanto movimentava seu quadril de maneira provocante. Selando nossos lábios, ela deu início a um beijo lascivo.

Meros segundos após, envolvi suas mechas douradas em um puxão de cabelo que, por sua vez, nos afastou. Momentaneamente, encarei seus olhos azulados antes de curvar a lateral de minha boca em um sorriso sarcástico – a garota o retribuiu, ardilosa.

Anne distribuía beijos e chupões por todo o meu pescoço quando, subitamente, ouvi meu celular vibrar sobre a mesa de cabeceira alguns centímetros a frente. Estendi meu braço para segurar o aparelho e, ao ler a mensagem na tela inicial, meu sorriso desapareceu.

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