☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ G͜͡E͜͡N͜͡E͜͡S͜͡I͜͡S͜͡

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REVISÃO FEITA COM SUCESSO ✓
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Planeta Gênesis, Ano de 2703.

Narrator's Point of view

A confiança é uma mulher ingrata, que te beija e te abraça, te rouba e te mata.

Racionais.

"Como assim?" Priscilla perguntou, completamente sem reação. "Do que você está falando?" Regina suspirou e negou com a cabeça.

"Não posso te explicar agora. Quando Ally chegar ou alguém do mesmo patamar que ela eu explico." Disse séria. "Já provou ser impulsiva o suficiente por hoje. Pode dar o fora daqui."

"Você nos traiu e está nos expulsando?" Priscilla perguntou indignada.

"Alguém que tenha o poder de me expulsar daqui, se julgar o que eu fiz traição, o fará. Você está dispensada!" Repetiu. "Vou levar Sofia para Natalie." Avisou, passando por Priscilla e parando ao lado de Emma. "E você..." Começou, a fitando dos pés à cabeça. "Pensei ter mais juízo."

"Eu não apoiei essa merda toda. Apenas cumpri ordens." Emma disse segurando em seu braço assim que viu que Regina iria sair.

"Ela até pode ter chegado aqui depois de você, mas não consultar nenhum superior antes de fazer essa palhaçada me pareceu bastante irresponsável." Emma franziu o cenho e a fitou por alguns segundos.

"É por isso que tem estado estranha ultimamente, não é?" Perguntou. "Não tem nada a ver com a gente." Constatou.

"Talvez, mas essa não é uma boa hora para falarmos disso. Preciso buscar Sofia." Disse, se esquivando suavemente do toque de Emma, para sair dali logo então.

[...]

"Olha quem voltou." Regina disse animada, abrindo a porta onde Natalie esperava impaciente. Segurava na mão de Sofia, mas a menina, ao ver sua irmã mais velha, soltou da mão de Regina e voou no abraço de sua irmã, que se abaixou na hora para receber o abraço.

"Você está bem?" Natalie perguntou abraçando apertado sua pequena irmã. "Não te machucaram?"

"Estou bem, Kaki. Você deveria conhecer a senhorita Peabody. Ela é muuuuito legal." Disse risonha. "Brincou comigo enquanto você conversava com a Priscilla."

"Helena adora crianças." Regina disse sorrindo, mas seu sorriso morreu ao ver Natalie começar a convulsionar em soluços enquanto chorava nos braços de sua irmã mais nova.

"Por que está chorando, Kaki?" A pequena criança perguntou confusa. Natalie simplesmente meneou a cabeça e enterrou a cabeça na curva do pescoço de Sofia, chorando intensamente.

Sofia tinha apenas um ano quando a catástrofe na Terra aconteceu e, apesar de não conhecer outro tipo de mundo além daquele, jamais deixou de ser doce. Talvez o fato de não ter se misturado com outras crianças tenha deixado ela pura e ingênua, exatamente como uma criança de nove anos deveria ser.

"Nada." A mais velha disse, tremendo para tentar ritmizar sua respiração. "A irmã só teve um pesadelo muito, muito feio onde te machucavam." Os olhinhos de Sofia analisaram o rosto inundado de sua irmã e sua pequena mão direita tocou o rosto de Natalie, enxugando suas lágrimas.

"Lembra o que você sempre diz quando eu tenho pesadelos?" A pequena questionou. "Agora eu digo o mesmo. Eu estou bem, estamos bem e enquanto estivermos juntas nenhum pesadelo feio será páreo para as irmãs Smith." Natalie não pôde evitar rir e assentir logo em seguida.

"Sofi, poderia esperar lá fora enquanto eu falo com a Natalie?" Regina perguntou e Sofia mudou o foco de sua atenção para o rosto da mulher.

"Você irá curar as lágrimas da minha irmã?" Perguntou de forma ingênua.

"Eu vou tentar." Sofia abriu um sorriso lindo e assentiu, dando mais um abraço apertado e um beijo no rosto de sua irmã.

"Eu te amo, princesona." Sussurrou no ouvido da mais velha.

"Também te amo, princesinha." E no segundo seguinte Sofia disparava para o lado de fora do lugar. Natalie exalou o ar de seus pulmões e se levantou, adentrando suas mãos nos bolsos do short que usava.

"Ela é adorável." Regina disse em um sorriso sincero.

"Ela é tudo para mim e eu preciso te agradecer..."

"Não!" Regina a cortou. "Natalie, eu preciso me desculpar com você. Eu realmente..." Sua voz era uma mescla de agonia e uma tempestuosa dor.

"Por que precisa se desculpar?" Natalie perguntou se aproximando dela.

"Eu precisava de tempo para resolver algo muito importante e quando te vi achei que..." Olhou envergonhada para Natalie. "Achei que poderia ganhar tempo se fizesse parecer que fosse você." Confessou. Natalie nada disse, apenas lhe fitava sem expressão facial.

"Está me dizendo que você entregou qual era base 1?" Perguntou para confirmar. Regina assentiu mordendo seu lábio inferior.

"Olhe, eu pensei que Priscilla fosse tentar pesquisar mais a fundo ao invés de fazer tamanha estupidez. Jamais pensei que ela faria algo tão cruel como isso." Alegou. "Priscilla contou o plano de te falar sobre as fissuras para Ally e a baixinha me contou. Então disse a eles que tinha algo lá para despistar a verdade, mas eu só precisava de uns dias. Eu juro que jamais tentei te prejudicar." Disse em desespero.

"Tudo bem." Natalie disse balançando a cabeça como se estivesse processando tal informação. Regina arqueou uma sobrancelha em total descrença.

"Tudo bem? É isso que vai me dizer? Não vai me xingar ou..."

"Não." Natalie disse prontamente. "Só me responda algo... O que está fazendo machucará alguém?" Regina negou com a cabeça. "É realmente importante para você?" Regina assentiu e Natalie sorriu fraco. "Então está perfeito para mim."

"Natalie, você deveria me odiar e não..."

"Gina...?" A cortou, chamando sua atenção. "Ao contrário de sua amiga Priscilla, eu não julgo as pessoas dessa forma." Disse segurando sua mão. "Espero que tudo se acerte para você." Regina se emocionou e pulou em Natalie, a abraçando subitamente.

"Eu sabia que não me arrependeria em te chamar para trabalhar comigo." Regina disse. "Ah! Seus pais estão bem, mandei abortarem a missão antes de os prenderem."

"Obrigada." Natalie sussurrou.

"Eu que agradeço. Sem aquela sua informação eu jamais teria como estar fazendo isso agora."

"Só fiz o que achei que era certo."

"Se pôs em risco fazendo isso, Natalie. Jamais terei como te agradecer por..."

"Natalie?" A voz rouca ecoou pelas paredes brancas daquele local. Regina deu um tchau baixinho e se retirou dali, percebendo a súbita tensão no ar. Natalie se virou e focou no olhar arrependido e envergonhado de Priscilla. "Eu acho que, hm..." Começou acanhada, se aproximando da mais nova, que mantinha seu olhar fixado em Priscilla. "Acho que te devo desculpas."

O silêncio predominou por alguns segundos, até Natalie rir baixinho e negar com a cabeça.

"Sabe o que, Priscilla? Pegue as suas desculpas e enfie no seu orifício anal."

"Nathy..."

"Vá se foder, Priscilla Pugliese." E, dando as costas para a maior, Natalie simplesmente marchou lugar a fora, pegando na mão de sua irmã e saindo dali a céu aberto. Priscilla parou na porta e ficou encarando a figura das duas se afastando, constatando que, ao tentar fugir de se machucar se apaixonando, acabou se machucando de uma forma muito, mas muito pior.