Capítulo 3: Sim, me faça ir

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| Mina

Chaeyoung me encarava enquanto estava deitada na minha cama. Eu procurava alguma roupa boa para ir em uma boate e ela me apressava, dizendo que não precisava demorar tanto. Acabei colocando uma blusa branca e calça jeans, fazendo Chaeyoung quase bater em mim pela roupa tão simples e por ter demorado tanto apenas para isso.

— Você também não está um exemplo da moda feminina. — Digo enquanto olhava a roupa dela e me sentava na cama. — O que iremos fazer?

— Nós podemos ficar próximas dele. — Ela falou se sentando, assim como eu fiz. — Procurar provas o suficiente do crime, fazer ele confiar suficientemente em nós... — Chaeyoung fala e passou a mão no meu cabelo, o colocando para frente. — E matar. — Passou a mão pelo meu pescoço, simulando uma faca.

— Seu plano é bom, mas ele não vai estranhar duas mulheres jovens tentando se aproximar dele ao mesmo tempo?

— Na hora nós vemos o que precisaremos fazer. — Levantou da cama e foi até a porta. — Vai ficar? Não me importo de resolver esse caso sozinha. — Eu me levantei e fui com ela para o porão, onde as meninas ainda estavam.

Tzuyu pensou em nos acompanhar, já que tinha conhecimento do caminho e poderia até nos ajudar quando fôssemos entrar, mas eu e Chaeyoung preferimos que ela não fosse conosco. Já passava da meia-noite, a lua e os postes de luz eram as fontes de iluminação que tínhamos, até luzes azuladas que ficava na entrada da boate começarem a aparecer.

O lugar era grande, uma música consideravelmente alta podia ser ouvida, as luzes iluminavam a parte da frente. O interior não era muito diferente, com uma parte mais alta onde algumas mulheres dançavam, a maioria das pessoas estavam sentadas em mesas, mesmo que alguma outras dançassem também. Eu e Chaeyoung fomos até o bar, vi as meninas que Tzuyu tinha falado, tentei chamar a atenção delas, mas Chae Won e Haseul atendiam os homens que pediam bebidas, mesmo que não fossem os mais educados.

Ficamos sentadas por um tempo nos bancos que ficavam perto do que bar, até conversamos um pouco com as meninas de lá. Eu procurava pelo lugar qualquer indício de onde o dono poderia estar. Não demorou muito até uma confusão entre dois homens fossem formadas e um cara alto interferisse. Por sorte, era exatamente quem procurávamos.

— Chaeyoung. — Chamei cutucando o braço direito dela. — Achei ele, vem comigo e não me solta. — Falei pegando a mão dela, mesmo não sendo a coisa mais agradável, também não foi tão ruim quanto eu imaginava. As mãos dela estavam frias, ao contrário das minhas, aquecidas demais até, era uma sensação boa ter as duas temperaturas unidas.

Seguindo entre pessoas bêbadas, ignorando assobios que recebíamos enquanto passávamos por algumas mesas, não soltando as mãos nunca, conseguimos chegar até o dono do lugar, que estava encostado em uma parede, segurando uma taça de champanhe. Ele percebeu nossa presença, já era desnecessário o aperto de mão, que Chaeyoung logo desfez, não me sentia como imaginei, mas ignorei e comecei a olhar no fundo dos olho dele, pensando em como seria quando eu passasse uma faca em seu pescoço caso ele realmente fosse um babaca.

— O que trouxe as duas gostosas até aqui? — Me controlei para não revirar os olhos, a única forma foi ignorar o "elogio". — Não me digam que algum imbecil as deixaram sozinhas para observar uma daquelas vadias que se acham dançarinas? — O modo que ele falava delas desmonstrava desprezo, cada vez mais eu podia ter certeza das chances de estarmos frente a frente com o assassino de CheonSa.

— Oh, não, realmente não. — Chaeyoung disse sorrindo um pouco, o homem na nossa frente bebeu o resto do champanhe e ficou segurando a taça. — Viemos aqui buscando diversão. Uma amiga nossa veio aqui alguns dias atrás e falou que é um ótimo lugar.

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