Em uma boate de um dos bairros mais badalados de Seul ocorre um assassinato contra uma das dançarinas do local. Por sorte, ou experiência, o assassino é acobertado pela polícia e o caso acaba sendo encerrado.
Mina e Chaeyoung são assassinas de uma o...
Ainda, mesmo depois de anos, não entendo como passamos de rivais para namoradas, mesmo com toda a conversa que tivemos há muito tempo atrás e assumimos muitas coisas. A teoria de Mina era de que, como passamos por muitas coisas na última missão que tivemos, conseguimos nos aproximar e perceber que toda a implicância talvez acontecesse por um outro motivo, já que nunca sentimos ódio uma pela outra. Mas de qualquer jeito, nossa relação é boa até demais.
— Eu sinto falta das meninas. É estranho não ter o movimento que tínhamos em uma casa com nove garotas.
Concordo com a cabeça, me apoiando no ombro de Mina. Sana e Dahyun estavam bem mais longe, no Japão, assim como Tzuyu voltou para Taiwan assim que conseguiu. Nayeon, Jeongyeon e Momo continuaram em Seul junto conosco, mas Jihyo foi para outra cidade.
— Estou ficando preocupada com Jihyo. — Digo brincando com os dedos da mão esquerda de Mina.
A mais velha não não nos dava notícias há dias, já estávamos começando a estranhar, pois conversávamos todos os dias para saber como cada uma estava. Todas disseram que também não sabiam de nada sobre ela.
Mina apenas deu um beijo em minha testa e falou que não deveria ser nada demais, no entanto, não era isso que Sana e Momo estavam pensando. Elas foram as últimas a terem contato com a mulher, que disse ir em uma festa do trabalho e provavelmente voltaria tarde, mas avisaria. Acontece que esperamos dias por isso, mas não tivemos um retorno.
Observo fixamente a janela quando noto alguma coisa presa com fita adesiva do lado de fora, como um bilhete. Saio do sofá que estava dividindo com Mina e arranco o papel, desdobrando até conseguir ler.
"Sentem saudades de sua amiga, não é? Jihyo está comigo, sabiam?
Sabem quem eu sou? Chaeyoung, Mina, vocês nem imaginam imaginam.
— SY"
Eu e Mina nos entreolhamos, a mulher já estava com o celular em mãos e digitando rápido. Logo tomoou o bilhete de minhas mãos e tirou uma foto, mandando para as garotas.
— Pelo jeito, vamos voltar aos velhos tempos.
— Acho que estou enferrujada. — Mina disse esticando os braços como se estivesse se alongando.
Corro até o quarto e pego as duas armas de fogo que tínhamos guardadas embaixo da cama. Observo os objetos e percebo o que estaria prestes a acontecer novamente.
Preciso assumir, estava com saudades.
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