Mônica narrando
Eu vou acabar tendo um surto. Essa escola é uma loucura, não tem palavra melhor para definir esse "internato". Naquele dia do refeitório foi muito louco.
Lembranças
Quando entramos, chamamos a atenção da diretora, que iria dar o maior sermão na frente de todas as meninas. Porém, o cara da noite passada apareceu.
Xx- Isabelle, não é para tanto - a diretora virou no mesmo segundo.
Isabelle- é...é...é Me...Meneses, o...o..que..está...fazendo aqui? - ela gaguejou, e o cara deu um sorriso de canto.
Meneses- minha cara Isabelle, acho que você esquece que essa escola é minha - ele disse sutilmente.
Isabelle- não esqueci, senhor Meneses - ela abaixou a cabeça cortando o contato visual com o rapaz.
Ele a chamou para conversar em um canto reservado, e a diretora liberou para comermos. Eu estava de frente para o local onde eles estavam conversando e tentava disfarçar que os via.
O jovem senhor gesticulava e olhava para mim e a diretora pela mesma coisa. Senti que aquela conversa era sobre mim. A cada palavra, eu encarava mais e ficava mais nervosa. Gelei quando eles terminaram e vieram até mim.
Mônica- eles estão vindo na nossa direção - falei para as meninas.
Magali- relaxa o coração - falou no mesmo tom que o meu.
Respirei fundo e involuntariamente prendi o ar quando eles pararam atrás das meninas e bem à minha frente.
Meneses- você - apontou para mim - me acompanhe imediatamente.
A diretora me incentivou a ir com um gesto de cabeça. Imediatamente levantei e o acompanhei. Ele me conduziu até o lado de fora do refeitório. Caminhamos por um tempinho até finalmente chegarmos a uma bendita sala no final do corredor. Uma sala inteiramente preta com detalhes dourados tinha um quadro lindo de uma mulher de costas com uma tatuagem grande que tomava toda a atenção da sua pele naquele local em especial.
Meneses- eu andei te estudando - disparou assim que entramos no cômodo - sei bastante coisa de você.
Fiquei calada observando-o, mantendo o rosto neutro.
Meneses- você é uma adolescente comum que cursa o último ano no ensino médio e tem um irmão - deu uma pausa - um irmão braço direito do dono do morro, o morro do Alemão para ser mais específico.
Como ele sabe dessas coisas? Meu irmão sempre foi reservado, nem redes sociais tem. Continuei calada, escutando-o.
Meneses- foi demasiadamente difícil achá-lo, já que ele não possui nenhuma rede social - respondeu minha pergunta como se lesse minha mente. Enfim, sente-se, fique à vontade.
Sentei-me, sem conseguir formular uma frase sequer para poder rebater o pronunciamento dele.
Meneses- não precisa falar nada. Irei te explicar o motivo de você estar aqui - franzi o senho com uma grande interrogação na cabeça.
Ele começou a falar que eu tinha potencial para os planos dele e me escolheu justamente por aprender as coisas rápido demais. Ele queria que eu trabalhasse com ele em sua máfia. Quando ele falou isso, gelei. Não passava um fio de wi-fi diante todo aquele converseiro. Ele foi direto ao ponto que queria.
Meneses- eu quero que você trabalhe para mim - fiquei estática mais do que anteriormente, se era possível.
Eu não sabia o que falar; a resposta seria não, mas ele me persuadiu a dizer que sim. Ele é extremamente manipulador.
Mônica- tá ok, eu aceito - falei rápido fazendo-o calar a boca.
Meneses- ótimo! Você começará seu treino daqui a 2h - engoli seco da garganta - pode ir; as meninas estão à sua espera.
Lembranças off
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Oii meus amores, bom, este livro não será focado nesse homem, então vou fazer um grande salto de tempo. Só escrevi este capítulo para mostrar a vocês como ela aceitou fazer parte disso tudo. E também me perdoem pelo sumiço, estou enfrentando um grande bloqueio criativo, acho que a fonte das minhas ideias secaram. Mas irei continuar com esse livro, o outro irá continuar pausado até eu terminar este aqui. Enfim, amores, não irei me estender aqui e espero que tenham gostado deste capítulo. Até o próximo.
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Destino Entrelaçado
Teen FictionReescrevendo... a antiga "dona da máfia e o dono do morro"