Porque Você Me Ama

Todas as coisas que você disse. Nunca foram verdades

Erros no caminho relevem! Por favor leiam a nota no final do capitulo.

Boa leitura

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- Você vai dizer alguma coisa, ou pretende ficar em silencio por toda a noite?

Off levantou os olhos da sua bebida intocada e olhou seu melhor amigo sentado no mesmo lugar que ele sentara algumas horas antes ao lado de Gun.

Tay retornara ao seu apartamento como um furacão, os dentes cerrados e uma expressão que Off não via em seu rosto a muito tempo. Claramente Tay fazia um esforço para não avançar, Off se perguntou por um instante o que faria se o amigo o socasse, se fosse sincero consigo mesmo até desejava que ele o fizesse.

- O que você fez com ele? - as palavras saltaram de sua boca, acidas e ameaçadoras.

Off passara as três horas seguintes após a saída de Gun, limpando a bagunça em seu apartamento em um intento de organizar a sua bagunça interna, e não sair correndo atrás de Gun, e resolver... ele não tinha certeza do que precisava se resolvido e isso mais que tudo o manteve em seu apartamento.

Off devolveu o olhar ao amigo.

Tay e Gun tinham essa amizade que por vezes o confundia. Off chegara a se perguntar se o amigo tinha sentimentos que iam mais do que o carinho e afeto que você sente por uma amigo próximo. Chegara a fazer intentos de abordar o assunto, mas as palavras se perdiam em meio a ironia e sarcasmo sobre o relacionamento de Tay e Gun.

Off se convenceu com o tempo que era tolice acreditar que havia mais que amizade entre Tay e Gun. Os dois eram extremamente amorosos e não tinham dificuldade, ou vergonha, de demonstrar seu afeto um ao outro ou a qualquer pessoa de quem gostassem.

Mas havia momentos, como esse, onde a dúvida surgia como um parente irritante e inoportuno que ele não conseguia se livrar.

- Gun não te contou?

Tay estreitou os olhos.

- Ele foi o caminho todo soluçando. Então, não, ele não me contou.

Off respirou fundo, tentando não transparecer a satisfação egoísta por Gun não ter dito nada a Tay e a culpa por ter feito ele chorar. Com um aceno de cabeça indicou ao amigo que se sentasse.

Tay hesitou um instante antes de se joga no sofá, Off caminhou até a cozinha pegando duas cervejas e entregando uma ao amigo quando retornou a sala.

- Ele está bem? - Tay lhe lançou um olhar feroz - Só preciso saber se ele está bem Tay.

Tay abriu sua bebida com uma lentidão deliberada e tomou um gole antes de responder.

- Eu insistir para ele me contar o que aconteceu, mas Gun se recusou. Você também vai me deixar no escuro?

Off fechou os olhos e afundou no sofá.

- Peng, me um dá um tempo, por favor.

Off não abriu os olhos, mas sentiu seu amigo levantar-se em um impulso frustrado e recuar sentando-se novamente com a respiração pesada, então tudo ficar em silencio.

Off não tinha problemas em dizer a Tay o que tinha conversado com Gun, até sentia a necessidade de compartilha com o amigo seus pensamentos. Mas enquanto não tivesse uma conversa verdadeira com Gun ainda deixaria o amigo no escuro, e pressentia que Gun arrancaria seu pau se soubesse que discutira com Tay algo sobre ele sem seu consentimento.