Conte-me seus segredos e faça-me suas perguntas. Oh, vamos voltar para o começo

181 24 20
                                    

Aviso: Desculpa por qualquer erro no caminho, revisei apenas uma vez, alguns (muitos) erros podem ter passado, sorry. Boa leitura encontro vcs lá embaixo. 

*********************


Gun estava irritado.

Não, corrija isso. Gun estava furioso.

- Gun? – P'Kwang o chamou, Gun não desviou os olhos da porta por onde Off e Tay tinham saído - Gun! - P'Kwang insistiu cutucando a barriga de Gun até ele fixar os olhos nela - Estou com sede, vamos pegar uma bebida na cafeteria?

Gun respirou fundo, recitando um mantra calmante, antes que corresse atrás de Papi e Tay e gritasse com eles até perder sua voz.

Todos na sala o olhavam de canto de olho, em espera, Gun bufou, não tinha chegado aonde chegou se não soubesse controlar seu temperamento. E teria sua oportunidade de escalpelar aqueles dois idiotas, talvez Tay tivesse um pouquinho mais de sorte que Papi.

Talvez.

Ele guardou essa ideia em um canto especial da sua mente. Por hora, arrancaria, como se arrancar um fiapo indesejado de um suéter, Papi e Tay de sua cabeça.

Gun olhou P'Kwang e sorriu mostrando sua covinha.

- Eu quero chá.

P'Kwang suspirou, suas feições relaxando e correspondeu ao sorriso do homem menor, por hora qualquer tempestade sendo evitada.

******************************

Gun fechou seu macbook e lançou um olhar feio para o celular ao seu lado.

Passara os últimos minutos pesquisando métodos de tortura da idade média, o que provavelmente o faria ter pesadelos a noite inteira (por que as pessoas tinham que ser tão cruéis?) e tudo era culpa de Papi! Se ele não estivesse irritando Gun, ao ponto de fazê-lo imaginar as formas mais dolorosas para machucá-lo, ele nunca teria visto essas imagens arrepiantes.

Gun olhou com raiva para o celular, com um suspiro cansado voltou a ligá-lo e verificar se tinha alguma ligação perdida, ou uma mensagem que tivesse passado pelo seu crivo de cinco minutos atrás.

Contendo a vontade de ligar para Off encarou o letreiro brilhante na parede de seu quarto tentando distrair sua mente sem sucesso.

Papi não atendeu nenhuma das quinze ligações ou as quase cinquenta mensagens que enviará, talvez ele não retornara as ligações por medo, já que as últimas mensagens enviadas eram ameaças, uma delas envolvia um espanador, manteiga e seu alicate de unha, e xingamentos, Gun sorrio, se orgulhava muito de seu repertorio de palavrões.

Suspirando Gun passou os olhos pelas mensagens enviadas. Nenhuma visualizada. A raiva que borbulhava em seu estomago nos últimos dias deu lugar a um vazio que fez seus olhos encherem de lagrimas. Ele passou o braço por seus olhos zangado. Não havia motivo para chorar. Papi era assim mesmo, nunca dividia seus problemas com ele, o que sempre lhe causava um misto de alívio e decepção.

Alívio porque as vezes ele sentia-se tão enredado em Papi que era assustador.

Companheiro de trabalho. Protetor. Irmão. Amigo. Família. Amante fictício.

A lista era extensa.

A cada novo aspecto desse relacionamento, Gun ia colocando um tijolinho na barreira de proteção que criara. Off também tinha seu próprio mecanismo de segurança, muito mais profundo e enterrado em seu subconsciente.

Mas havia momentos, como agora, quando Papi o deixava a margem de seus problemas, em que Gun sentia-se decepcionado e inseguro.

Onde nenhum desses rótulos de sua lista eram fortes ou claros o suficiente, o que demonstrava que o relacionamento deles não passava de um castelo de cartas prestes a desmorona.

Porque Você Me AmaOnde histórias criam vida. Descubra agora