Cap 37- Não posso perder ele

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Estamos na delegacia, eles acharam o carro e estão fazendo uma patrulha para nós levar até lá.

- Finalmente isso vai acabar-Matheus fala me abraçando.

- Eu tô com tanto medo- falo.

- Amor vai ficar tudo bem, vamos achar as meninas e prender aquela mulher- ele me conforta.

Acho que ficamos uns três minutos ali, logo os policiais chegaram e nos chamaram.
  Entramos no carro e um dos policiais da partida.

[...]

Estamos dentro de uma floresta, ela é tão densa que chega a ser escura.

Eu estive aqui!

Penso e olho pra Matheus.

- Amor já estivemos aqui- falo e ele arregala os olhos.

- É aquela floresta que o Nicholas te trouxe.

- Verdade, mas aquela casa pegou fogo.

- É mesmo, não tem como eles estarem lá.

Chegamos no local onde está o carro, e é não frente da casa que pegou fogo. A casa parece que passou por uma reforma, ainda existe evidências de fogo e destroços.

- Esse lugar é cheio de energias negativas- falo pra mim mesma.

- Já olhamos em volta da casa, não tem ninguém. Suponho que a mulher está sozinha- um policial fala.

-Então eu vou- falo indo em direção à porta.

- Espera!- Matheus vem até mim- eu não quero perder você.

-Você não vai, eu vou conseguir- dou um beijo nele e entro.

A casa tem um cheiro forte de velho, parece que morreu gente aqui. Não pera, morreu mesmo.
   Vou para o porão que é onde ela deve estar e entro no primeiro cômodo, por sorte ela está lá e as meninas estão em um berço.

- Como me achou aqui?- ela se assusta.

- Seu carro tem placa sabia?- consigo ouvir ela dizer bem baixinho "merda"

- Você não vai levar elas daqui- se coloca na frente dos berços.

- Você pegou minhas filhas- dou um passo pra frente.

- Você roubou meu sobrinho- ela fala e eu paro.

- Como assim?- pergunto.

- Eu sou a tia do Biel, você roubou ele de mim- ela fala com raiva.

Ela tá diferente, cortou e pintou o cabelo.

- Você fazia mal a ele, e isso não justifica você roubar minhas filhas- ando mais pra frente.

- Isso pode não justificar, mas você ter matado meu filho sim- ela fala e eu não entendo.

- Você é louca? Eu nunca matei ninguém.

- Você matou meu filho sim, eu perdi o Nicholas por sua causa- ela fala e meu coração quase para.

- Ele era seu filho?

- Sim, por sua causa ele morreu- escorre lágrimas dos seus olhos.

- Ele era uma pessoa horrível, ele me tratou como se eu fosse propriedade dele,me sequestrou e ia fugir comigo- falo.

- Mentira, ele era um menino de ouro .

- Pergunte pra polícia, não foi só comigo- chego mais pra frente.

- Eu não acredito em você!- grita- eu vou tirar suas filhas de você assim como aconteceu comigo.

Ela saca uma arma e aponta pra uma delas.

- Não!- grito.

Só escuto o som de tres tiros, ajoelhou no chão chorando e sinto uma mão no meu ombro.
  Olho pra cima e vejo Matheus com uma arma na mão e um tiro no peito, olho para a mulher e ela está caída no chão.

- Não não não não não- do enquanto Matheus cai lentamente no chão- por que você veio aqui? Deveria está lá fora- meus olho já estavam cheios de lágrimas.

- Eu estou aqui por você, pra você e com você- ele fala e desmaia.

- SOCOOOOOORRO!!-grito e os policias aparecem rapidamente.

Eles carregam o Matheus e eu pego as meninas.
  Colocam o Matheus em uma viatura e eu vou em outra.

[...]

Chegamos no hospital e vários médicos já vão colocando ele na maca, enfermeiras pegam minhas filhas e levam elas para sala de vacinas e essas coisas.
   Sigo o Matheus e os médicos me barram de entrar na sala.

- Ele está em estado grave, a senhorita não poderá entrar- um fala e eu assinto.

Sento em uma cadeira que tem ali perto e passo as mãos em meu cabelo.
   Que droga Matheus, não deveria ter feito isso, agora você está internado em estado grave.

Começo a chorar baixinho e fico assim por horas.

- Não posso perder ele- falo pra mim.

Continua...

Ela não é mais a mesmaOnde histórias criam vida. Descubra agora